sábado, 29 de dezembro de 2007
Abrigo
sentado no banco
do ônibus a tarde
e a noite no trem
coisas de moleque é correr pelas ruas descalço
pulando bem alto, apertando a campainha
fugindo da tia, fingindo a mania, chorando escondido
no edredom da vizinha
Eu só queria um pouco de carinho
mas sem motivos, não vi o caminho
tropecei no meio fio
caí na calçada da avenida
agora eu desisto
fecho os olhos
durmo
no mesmo tom do mendigo
amigo
abrigo
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Poema de Natal
O ocidente pára para Belém
Um acidente cronológico
Uma manipulação lógica das lojas além do além
Jóias, invejas, roupas, luxúria, perfumes e brinquedos
Pecados perdoados
Nem sei quais palavras usar
Não tenho inspiração
O famoso espírito não veio
Nem rimas eu tenho
O dito dia de comemorar
Um dia em que as famílias se reúnem
Um dia em que as pessoas más ficam boas
Um dia em que o empresário estressado doa uma sexta básica,
daquelas de botequim e cerveja schin, pra outro empregado estressado,
daqueles sem dimdim.
Parece até ridículo poematizar o natal
são tantos poemas já feitos
tantas músicas
mas eu estou cansado de tanta mediocridade
esse falso coração bom das pessoas
No fundo, quase no ralo, as pessoas são sempre as mesmas
O dia 25 só serve para dar argumento à aqueles que precisam.
Faz parte do treinamento de ser humano
Até as crianças têm que comer bem o ano todo, sem engordar, para ganhar a recompensa do barbudo.
Ta tudo tão chato, tão melancólico
Que data é essa que nos torna tão igualmente patetas?!
Gasto dinheiro, faço dívida e presenteio quem eu amo
e quem diz que me ama também.
Queria concluir o texto,
mas antes,
eu queria dizer que essa ânsia por economizar e gastar ao mesmo tempo,
tem deixado as pessoas mais fúteis, mas é difícil escrever sobre isso, sem se contradizer.
Queria arranjar um jeito de também encaixar no texto, mas de forma bem sutil,
que a sociedade capitalista acaba até com as amizades, famílias.
Mas não vejo como falar sobre essas coisas, sem a criatividade subjetiva da Coca-Cola.
Tenha um Feliz Natal,
se assim o desejar.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Aqui ou lá
Ajoelhadas ao sul, pé, rir e dor, pedem favor
Que altura a má, que nada faz por nós, tem para abarbar-me?
Clemente, mas sem remorso
Peço-lhes burgueses, mil vezes, a minha poesia intacta
E sem respostas, as apostas são expostas em postas de postais
Em baixo da porta
Atrás do anão de jardim
Em lugares de ninguém
Além do aquém
Um pouco acima do cão
Lá que não serei mais outro
Aqui que não desvio de estilingues
Bilíngüe num mundo bilionário.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Menina Mulher
Se eu for perder
Que venham outras
Se eu for vencer
Que esteja comigo
Ao lado dos mais azuis dos meus vestidos
Eu sem mais uma
Das minhas canções
Melodia perdida
Fez-se milagrosa no instante da invenção
Menina, menina, perdida; menina, menina encontrada
Amarra seus laços na estaca fincada
Em meu coração está eterna
Menina, menina, perdida; menina, mulher encontrada
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Nêga
- Nêga...
- Que foi?
- Tava pensando...
- Nu que?
- Tava pensando nas palavras
- ...
- Nas palavras. Tem cada uma engraçada, né?
- Tem? Tem, tem sim. Nossa...
- Imagina a palavra na-mo-ra-do, namorado.
- Não!
- Sim!
- Não! Não!
- Mas você não acha?
- Eu já entendi tudo senhor Genésio dos Santos. Eu já en-ten-di.
- En-ten-deu o que Nega?
- Não me chame de Nega!
- Mas...
- Sai, sai daqui! Não quero mais ouvir nada!
- Ô Nêga...
sábado, 17 de novembro de 2007
Seda
Imaginando um mundo diferente
Sonhando sonhos confusos
Sem fusos e sem horários
cem vezes nada é igual a nada
Um dia desses, esse dia vai passar
E não vai anoitecer
Tecer e vender o tecido
Há chá melhor que qualquer café
Pois é na vida que se sabe
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
As coisas
Somos todos coisas de algum lugar
Estatísticas de alguma tabela
Artistas de um circo sem platéia
Azedumes dos costumes
Alegrias dos vulgares
Somos nós
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Céu
Quero ser só seu.
Quero ser sócio do seu só.
Seu só? Seu sou.
Soa melhor e não sua.
És o sol.
És a lua.
És ex-são.
Será ex-nosso.
Cera sem sal em agosto.
Gosto de saber que será só mel.
Meu céu.
(Marcos Luppi)
sábado, 29 de setembro de 2007
Deixa pra mais tarde
Deixa eu decidir se é cedo ou tarde
Espera eu considerar
Ver se eu vou assim chique à vontade
Igual ao tom do lugar
Enquanto eu penso você sugeriu
Um bom motivo pra tudo atrasar
E ainda é cedo pra lá
Chegando às 6 tá bom demais
Deixa o verão pra mais tarde
Não to muito afim de novidade
Fila em banco de bar
Considere toda hostilidade
Que há da porta pra lá
Enquanto eu fujo você preparou
Qualquer desculpa pra gente ficar
E assim a gente não sai
Que esse sofá tá bom demais
deixa o verão pra mais tarde
Deixa, deixa o verão
deixa o verão pra mais tarde
Deixa, deixa o verão
deixa o verão pra mais tarde
(música de Rodrigo Amarante, cantada também por Mariana Aydar
essa música representa muito bem a minha preguiça. Minha gostosa preguiça)
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Além de uma forma
Insanidade de um pré-conceito
Escapula de uma linha árdua
Ímpeto quase sem jeito
Samba na corda bamba
Grito nos tímpanos do sujeito
Malabares de vidro
Águas que chegam a morrente
Aceitar não é daqui
Sai quem for
Entra quem vir
Só não dá para ansiar mais uma translação
Esquiva-se e ria!
Texto que fiz para o perfil no orkut
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Gigante de dois mundos
domingo, 9 de setembro de 2007
H3 um vídeo coletivo
Gente eu recebi o prêmio das mãos do diretor e roteirista Jorge Furtado, muito bom! Fiquei super se achando durante uns 3 dias.
O Festival REC também merece os parabéns por toda organização invejável a qualquer festival nacional. Ainda mais se pensado na dificuldade que é produzir algo cultural e atingir um grande público. Registro que o REC que me refiro, são os alunos que idealizaram e organizam com muita garra esse festival. Segundo alguns realizadores participantes que vieram de outros estados, dificilmente eles têm uma atenção tão relevante como tiveram aqui.
Queria registrar também a chance que o jornalista do Caderno Dois, Vitor Lopes teve de não se manifestar com tanta precisão. Não estou pedindo uma censura de opiniões, mas uma contextualização na crítica ou uma verificação nas afirmações. Como pode alguém escrever sobre um festival e sobre os vídeos nele apresentados, sem mesmo ter assistido todos concorrentes? Talvez sem ter a noção da magnitude de um texto publicado no principal veículo de informação do estado, o Vitor acabou julgando um festival que é primeiramente universitário e que tem a simples proposta de ser um espaço para realizadores. Ano passado mesmo, ele realizou, participou, venceu e me pareceu bem contente com o resultado. Confusa essa nova atitude do Vitor, mesmo sabendo que ele desta vez estava lá na proposta de escrever uma crítica sobre os trabalhos. Acho que um atraso de 30 minutos no primeiro dia de um Festival e os outros problemas técnicos por ele apontado, não estão descontextualizados da história do REC, da proposta do REC, da situação comercial do REC e nem impedirão um destino promissor para REC. Não é notícia atraso de 30 minutos. É birra. Se ele quis ser polêmico, ao menos aqui, neste super, mega, ultra, polêmico blog, ele conseguiu ser citado. Nossa adoro a humildade. Vitor, para ser alguém polêmico a pessoa tem que primeiramente ser irônico, segundamente ser bem humorado, terceiramente e mais difícil, tem que fingir ser original. Tente isso aí, eu já desisti. Ninguém me acha polêmico, só minha mãe mesmo e ela odeia isso. Queria ser polêmico mesmo, mas acabo sempre me contradizendo é um porre!
Pode até parecer imparcial eu defender o festival em que conquistei alguma coisa. Mas ao menos aqui é o meu blog e além disso está aberto a todos. Qualquer um, inclusive o Vitor, pode chegar aqui e dizer que eu escrevi merda, que eu exagerei, que eu peguei pesado, que eu não sei gramática, que eu sou metido, que eu sou legal, que sou leigo, que eu perdi a oportunidade de ficar quieto, que eu escrevo demais e que eu escrevo de menos. Há uma diferença de interatividade e de proposta. E há uma diferença entre liberdade e informação imposta. Eu já tinha escrito a parte deste texto em que falo sobre a notinha do Vitor, antes mesmo de saber os resultados, mas por falta de tempo não publiquei, daí agora eu só acrescentei alguns dados.
No mais fiquei super feliz com o festival, com o super Jorge, com H3 e com os resultados é claro.
Chega de xorumelas e vamos ao que interessa. O resultado e o link para assistir os vídeos vencedores.
Melhor Vídeo
O LOBINHO NUNCA MENTE
Ficção, 11’26
Direção: Ian S. B. Fernandes
Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro
Melhor Documentário
CAVE CANEN
Direção: Maria Ines Dieuzeide Santos Souza
UFES
Melhor Vídeo Clipe
KAMPALA
Direção Elisa Carareto, Eduardo Barbosa, Victor Canela
UFSCar
Melhor Vídeo Arte
ESCUCHA
Direção Douglas Pego
UFMG
Melhor Vídeo Publicitário
A GENTE FAZ TV PENSANDO POR VOCÊ
Direção: Coletiva
UFES
Melhor Ficção
H3
Direção: Marcos Luppi
FAESA
Melhor vídeo do júri popular
O LOBINHO NUNCA MENTE
Ficção, 11’26
Direção: Ian S. B. Fernandes
Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro
MENÇÕES HONROSAS
VÍDA ORDINÁRIA
Direção: Essi Rafael,
UFSCar
PAIK FOR KIDS - sem link
Direção: André Góes Mintz
UFMG
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Festival de Vídeos Universitários
universitário do estado, o REC.
O festival vai acontecer nos dias 29, 30 e 31 deste mês... quarta, quinta e sexta. O local será
o mesmo dos anos anteriores, auditório do Campus II da Faesa, em São Pedro, Vitória - ES.
Aí segue a lista dos classificados para a mostra competitiva, inclusive o meu H3, que também foi selecionado. Sim! Aí vai...
: EXIBIÇÃO NA QUARTA – FEIRA, 29/08 | ||||
EGO IDEM | Ficção | 5’30 | Anderson Farias | Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ |
CAVE CANE | Documentário | | Maria Ines Dieuzeide Santos Souza | UFES |
KAMPALA | Vídeo clipe | 5’ | Elisa Carareto, Eduardo Barbosa e Victor Canela | UFSCar |
TEASER UNIVERSITÁRIO | Publicitário | 1’ | William Keffer | FAESA |
DINHEIRO FÁCIL | Documentário | | Fabíola Beiral Trinca | UFRJ |
HORA DO ALMOÇO | Documentário | | Thiago Coutinho e Jirlan Biazzati | UFES |
O LOBINHO NUNCA MENTE | Ficção | 9’ | Ian S. B. Fernandes | Univ. Estácio de Sá do Rio de Janeiro |
ISABELITA BANDIDA | Animação | 1’ | Isabel Aigner, Melissa Guizardi e Rubia Pella | UFES |
CRISÁLIDAS | Vídeo Arte | 7’ | Fernando Mendes | UFMG |
PRATA DA CASA | Publicitário | 1’ | Igor Pontini | UFES |
SOLFIERI | Ficção | 15’ | Gabriela C. Tessitore | FAAP – SP |
ESCUCHA | Vídeo Arte | 3’ | Douglas Pego | UFMG |
FELIZ ANO NOVO | Ficção | | Paulo Leierer | FAAP – SP |
CAMINHOS PUERIS | Documentário | | Liliana Alves de Oliveira | Fac. de Filosofia de Campos – FAFIC |
CONSUMO RESPONSÁVEL | Publicitário | 1’ | Coletiva da Agência Integrada | FAESA |
ENTRE POSTOS | Vídeo Arte | 2’ | Luciana Oshira e Sergio Bonilha | ECA – USP |
VOCÊ VIU ALGUM NEGRO POR AÍ? | Documentário | | Alex Rosa de Andrade | UFES |
PAIK FOR KIDS | Documentário | | André Góes Mintz | UFMG |
LE PARKOUR | Vídeo Arte | | William Keffer | FAESA |
CORDEL DE SERENATA MUDA | Ficção | 4’30 | Marcelo Travassos | Univ. Católica de Pernambuco |
A GENTE FAZ TV PENSANDO POR VOCÊ | Publicitário | 1’ | Ronald da Silva Alves | UFES |
VAI INDO QUE EU JÁ VOU | Documentário | | Rubem Barros e Marcelo Perez | Faculdade Cásper Líbero – SP |
H3 | Ficção | 12’ | Marcos Luppi | FAESA |
:: EXIBIÇÃO NA QUINTA – FEIRA, 30/08 | ||||
HOMEM ESPUMA | Animação | | Fernanda Salgado e Fernando Mendes | UFMG |
ID | Ficção | 15’ | Daniel Guarda e Lucas Satti | Univ. Metodista de São Paulo |
AUTO VITRATO | Vídeo Arte | | Maria Ines Dieuzeide Santos Souza | UFES |
A NOVA ESTRELA DO SEU MICROONDAS | Publicitário | | Rick Mastro | FAAP – SP |
BICHOS DEUSES | Vídeo Arte | 4’30” | Sérgio Rodrigo Ferreira | UFES |
VIDA ORDINÁRIA | Ficção | | Essi Rafael | UFSCar |
ALICE | Vídeo Arte | | Carlos H. Souza e Ivan Castilho | Fabavi / J. Simões – ES |
QUERO | Vídeo Clipe | 2’ | Danilo Ferraz | Fac. Música Esp.Santo – FAMES |
ARABESCOS | Ficção | 6’ | Carolina Kzan e Jandir Ferrari | Esc. de Cinema Darcy Ribeiro – RJ |
LE FANÔME L’EAU | Vídeo arte | 6’ | Marcelo Perin N. Da Silva | UFES |
ALÉM DA HISTÓRIA | Documentário | 11’ | Roney Santana | Univ. Estad. Santa Cruz–UESC/ BA |
NOTURNAS | Documentário | 15’ | Diego Garcia | PUC – SP |
CAIXA POSTAL | Ficção | | Clarice Rizzoli Helmer | UFES |
GRAV | Publicitário | 1’ | Sergio Rodrigo Ferreira | UFES |
BELLA LUGOSI | Vídeo Arte | | Fellipe Romeiro | Centro Univ.Belas Artes de São Paulo |
ORGA | Vídeo Arte | | Rafael Massena | UFES |
CABRA CEGA | Vídeo Arte, | 6’ | Fabrício Noronha Fernandes | UFES |
DESCONTROLE | Ficção | 15’ | Lucas Bonna Fiorot | FAESA |
ASSIM ASSADO | Animação | 2’ | Isabel Aigner, Melissa Guizardi e Rubia Pella | UFES |
MEU CÃO ME ENSINA A VIVER | Ficção | 12’34 | Filipe Moura | Univ. Estácio de Sá do Rio de Janeiro |
FÁBULA FAMILIAR | Ficção | 3’50 | Luciana Paulillo | ECA – USP |
A VOZ DE QUEM NÃO TEM VEZ | Publicitário | | Vinicius Massini Freitas | UFES |
LABMÍDIA APRESENTA | Publicitário | 30” | André Góes Mintz | |
O MURO | Documentário | 8’40 | Paulo Nazareth | UFMG |
Além disso também haverá a palestra do cineasta Jorge Furtado.... e muito mais....
sábado, 11 de agosto de 2007
O maior defeito da Terra
Assim deitado em meu sofá camurça
Quem sabe, um telefonema, uma reza
Peça a alguém ajuda
Arca de noz, pé
Arcaico não é?
Ar de quem quer
Até quando
Luz das trevas
Impedida e petrificada
Tu és a sombra da minha felicidade
Voltei ao meu ser
Assim se for de fato
Angústia eu tenho daqueles que abusam
Alguém aqui pediu pra nascer?
Quem são eles que só criam mordaças?
Quem foram eles que já pensaram por mim?
O que são essas leis que de nada servem?
Servem para nos deixar sempre servindo
Para nunca deixarmos de sermos servos dos que são servidos
Servem para isso meu filho
São Tantas contas
Tantas taxas
Tantas compras
Quanta marca!
Fiquei sabendo da fortuna que ofereceram
E não puderam aceitar
Triste lei que não inventaram
São tantas mazelas
Poucos ricos
Tantos pobres
Quanta burocracia!
E mantiveram-se pobres felizes para sempre
Fim
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Notícia quente, fria e boa de se comentar
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
A arte liberta
A expressão é de direito, livre.
A liberdade tem de interessante, as diferenças.
A maçada tem de primor, a regra.
A exasperação da regra é a burrocracia dos condutores
Piores são aqueles que vivem provando o que só será provado por outros que já foram
Ser ou perceber é precisão
Agir ou manter, eis a questão.

Texto inspirado nesta cena que vi no Rio de Janeiro
Elenice Nogueira, da foto, pintando esse ótimo quadro, lá no Parque Lage.
Ela estuda e pratica pintura no parque. O quadro tem 7 ou 8 músicos tocando.
Uma verdadeira festa.
terça-feira, 31 de julho de 2007
Turbulência num copo de chope
Há quem diga que sou louco
Mas há quem diga que sou é feliz
Prefiro dizer que sou os três
Um feliz louco Alcoólatra.
O que aconteceu foi que ao chegar no Galeão
E após enfrentar uma fila quilométrica,
Recebi a notícia de que meu vôo atrasaria quatro horas
Não há o que questionar
O que são quatro horas numa mesa de bar?
Depois de 3 horas desci até o local de embarque
Embriagado já devia ter embarcado
Num avião que mais parecia um barco de tanto que balançava
E quase o perdi
Mas deu tudo certo
No avião percebi que a Marta estava era certa
De que adianta reclamar o leite derramado
Eu relaxei e gozei do meu prazer de beber um chope gelado
E a parte crítica Marcos?
Não tem parte crítica ué.
Eu só tenho medo do caos aéreo ter acabado na próxima viagem
E é claro, eu tenho muito
medo de só ter

segunda-feira, 30 de julho de 2007
Quase a gosto
Em ir sem rir
Lugar comum algum
Pro chão, canção ou céu
Em mim parir
Ali cair
Voar, cantar ou véu
Amor comum não quero
Com pão, anel e inferno
Beijei seu pescoço
Ouvi o desgosto
Senti o frio de julho sem gosto
Afoguei-me no mergulho do oposto
Meu rosto se distrai
Meu sentir se destrói
Destrulhos das trilhas truncadas dos troços tralhados
Sapatos
Eu os quero muito mais coloridos
Eu Quero ter mais amigos
Inimigos
Quero a infância de volta
Quero a porta da rua sem ruído
Quero o silêncio em meu ouvido
Quero logo um sonho a buscar
Sozinho.
Marcos Luppi, fiz hoje, em plena segunda-feira gelada
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Pâncreas

Um grande evento, com falhas, acertos e boatos.
Nem sempre o que se diz na tv é o que vê por trás das câmeras.
Tive a oportunidade de conhecer os bastidores dos jornais da tv Globo
E de assistir a abertura e alguns jogos do Pan, lá no Rio de Janeiro.
O boato da vaia de Lula. O que foi aquilo?
Eu estava lá e aquela vaia nem chegou perto das vaias direcionadas aos norte-aBericanos.
As vaias à Lula não tinham força e iriam parar assim que ele começasse a explanar qualquer coisa. E acho até que as vaias foram encomendadas, não sei. O certo é que as pessoas não queriam vaiar, era só impulso de multidão. Era uma insegura vaia, seguida de uma arrependida palma. Não havia nem clima para vaiar. O mais engraçado da abertura foi quando o presidente de alguma coisa das Américas, resolveu falar em espanhol. Ele iniciava todas as frases com um "Hoy ..." que em espanhol significaria "Hoje ...", mas que no Maracanã teve uma outra interpretação. Quando ele dizia "Hoy ..." o público acostumado com programas de auditório respondia "Oooiiii ..." numa demonstração de brincadeira lúdica com desconhecimento da língua dos nossos vizinhos. O engraçado é que quanto mais ele dizia, mais gente entrava no jogo. E o espanhol não entendia nada.
Tem um outro boato que só prova o nosso pessimismo em relação a nossa capacidade. A delegação dos EUA ser uma delegação B. Isso não é uma verdade. Todos sabem que os EUA têm uma delegação que é ainda a maior do mundo. Até começar as olimpíadas da China, que literalmente será da China. E os EUA sabendo desse futuro incerto, como todos os países participantes do Pan, não enviaram os atletas que ainda estão em competições mundiais ou que em breve estarão em seletivas para as olimpíadas de Pequim. O Brasil fez isso até mesmo com o nosso maior símbolo do esporte atual. Ou você acha mesmo que a maior ginasta de solo da atualidade Daiane dos Santos tenha amarelado por uma contusão?
O Hypolito - foto - fez bonito e tem muito que agradecer a torcida lá presente. O que teve de macumba e o que teve de queda dos adversários, foi incrível.
Só pra concluir o que eu dizia. Os EUA não têm apenas um time A, porém, o outro time A, não poderia ser chamado de A, mas de B. Muitas vezes o time B é melhor do que o A. Mas o que isso importa? O importante é a competição. Se você acha que eles não estão dando o valor merecido aos jogos, pode ter certeza, isso pouco importa. Valorizemos o que bem entendemos como bom. Eles não valorizam a Copa do Mundo de futebol, eles não valorizam a fórmula 1, que são os campeonatos que mais comovem o resto do mundo. Então, continuemos nossas vidas e competições paralelas.
Eu cronometrei o tempo de cada hino nacional tocado para os vencedores no Pan. Países pequenos tem apenas de 30 a 50 segundos de hino. Brasil 1 minuto e 10 segundos, com volume abaixado no final. EUA tem um hino de 1 minuto e 20 segundos, com ótimo som até o final. Estranhas edições.
Por hoje é só. Comentem, que assim no próximo post eu venho com mais novidades.
Foto, edição e texto Marcos Luppi.
terça-feira, 17 de julho de 2007
O PAN só está começando
Estou aqui no Rio de Janeiro, para conferir de perto essa emoção.
Aguarde.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Lingua portuguesa?
Tanto não pertence, que em 2008 haverá uma mudança em todos os países
que usam a língua portuguesa. A ideia heroica foi decidida em uma assembleia que reuniu representantes de todos esses países, como Portugal, Brasil e Timor Leste. O objetivo é o de fortificar esta, que é a terceira língua mais falada do ocidente e facilitar outras burocracias internacionais. Todos estes países creem que é melhor mudar agora, do que continuar por mais cinquenta anos nessa sequência de enchimento de linguiça. Eu abençoo o voo e não enjoo, mudar a frequência é necessário. Kiwi já não se sentirá tão deslocado perante o alfabeto brasileiro. Yes! Acho que o brasileiro já gostou da ideia. Pois louvámos o que amámos. E a mudança aqui, vai ser menor do que em outros países que também veem suas línguas em alteração. A língua é viva. É como este texto, que tenta imbecilmente se encaixar nos futuros padrões. Padronizado ou não é você quem vai escolher.
Daí você para e pensa no que estudou. Parado ali, estudando para nada. Pararráios eu não sei mais escrever, o que fazer?
Continue decorando meu filho, essa é a sua cruz, esse é o seu lema, este é o seu prazer.
terça-feira, 26 de junho de 2007
Descriminalização
eu acredito que é algo muito importante
porém, não apenas para o aborto, mas para outras ações que
são consideradas fora da lei.
Mas é algo que questiona o sistema judiciário e penal mundial
e não se pode abrir essa brecha para as mães que decidem
matar o filho, por algum motivo, por maior que ele seja.
Pois para muita gente, o feto é uma vida humana
Tirar a vida é crime
e o crime, hoje em dia é julgado e punido.
ainda não há motivos para que eu mude de idéia em relação a isso.
Mas falar a verdade, por mim não havia cadeia, policial, regras,...
mas é outra história.
domingo, 24 de junho de 2007
E o aborto?

Agora um outro tema polemicante. O aborto, ou a privação do nascimento.
A questão é complicada, pois envolve muitos valores culturais. O principal é a partir de que momento após o sexo realizado, as gosmas do gozo passam a ser seres vivos, seres humanos e não mais apenas gosmas. Religião, tradição, cultura, ciência e vizinha, tudo isso vai influenciar na opinião de cada um de nós. Mas e aí? Em que momento o aborto por causas nobres pode se tornar um assassinato com sentenças na cadeia? Temos que resolver isso.
Temos cerca 200 mil abortos no Brasil. Um fato que contraria a religião, a tradição, a cultura, a ciência, talvez a vizinha, a lei e que acaba caindo nos gastos público no fim das contas. Há despesas nos hospitais que cuidam das complicações provenientes dos abortos.
Talvez legalizando, o aborto seria mais eficaz e menos prejudicial. Tem rico que apóia, pois sabe que quem não faz o aborto é porque não tem grana pra pagar a dona Madalena, aquela que tem uns remedinhos pra tudo. E sem aborto, mais pobres nascem, mais marginais nas ruas, mais perigo nas esquinas. Um pensamento simples e ótimo, como todo pensamento autoritário. Se bem que tem rico que quer mais é que os pobres se multipliquem, assim aumentando a frota de servos.
Mas então, a ciência diz uma idade, a igreja diz outra, os intelectuais não dizem nada, só intelectuam, como fazer para solucionar? Ainda não sei, será eu um intelectual intelectuando? Quero mudar esse quadro, vamos tentar de outra forma.
Acho que se a pílula do dia seguinte é legalizada, e esta se encontra com facilidade em postos de saúde, não há motivos que justifiquem uma gravidez qualquer. Pois há camisinha, há pílulas e há outros métodos contraceptivos eficazes que impedem a mãe, de jogar para o futuro filho a responsabilidade. Até em casos como estupro. Só se justificaria caso a mulher estivesse enclausurada após o crime. Mas isso é um caso extremamente raro, pode acreditar. Sim é um crime absurdo, mas seria mais absurdo talvez, matar alguém que não tem a menor culpa disso.
A culpa as vezes é da preguiça da mãe ou do pai de não buscarem meios contraceptivos.
E em relação a problemas com a formação do feto, ainda só há certezas reais após o nascimento da criança, na ciência atual. Descredibilizando essa desculpa. Além do que, matar alguém que tem qualquer tipo de problema também é crime. Se isso fosse aprovado, pra mim é o mesmo de aprovarem uma lei que tornam o hospital e a clínica em matadouros de problemáticos.
Em caso da mãe correr risco de vida, é um risco de vida e não uma certeza de morte, como a opção do aborto. Mas se tiver apenas a opção de escolher um deles, a mãe ou a criança, aí sim, o sacrifício valeria a pena e não justificaria uma pena.
Pobreza também não é desculpa, mas sim culpa. Deveria prender não os pobres inculturados que matam seus fetos, mas sim os ricos que nada fazem para culturá-los, com medo de perderem as frágeis riquezas.
Em resumo, a preguiça é a única culpada.
Temos preguiça de usarmos métodos contraceptivos e engravidamos.
Temos preguiça de termos um filho e abortamos.
Temos preguiça de buscarmos a igualdade social e mantemos.
Temos preguiça de sermos culpados e acusamos.
Temos preguiça de mudarmos o mundo e dizemos que estamos maduros.
A solução mais ignorante do mundo é a solução rápida da morte.
Matar não da preguiça, quando o problema a ser morto é seu.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Avenida Paulista
3,5 milhões de pessoas.
Todas na Parada Gay de SP,
Que de parada não teve nada.
A maior manifestação do mundo em prol
Da causa, foi aparente bastante agitada.
A igreja foi um dos principais alvos criticados durante a Parada.
Basta agora saber, se os alvos foram atingidos.
Eu acho que sim.
Ao menos para aqueles milhões presentes ali na Paulista, a igreja já não tem tanto poder assim. Porque isso não foi mais uma demonstração de revolta dos excluídos, é um retrato da liberdade já conquistada.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Ativismo transitório
Muita gente inconseqüente mente,
E inconscientes agem,
Mentes confusas e agitadas,
Animais como referência atrasada,
Músicas batidas, batidas são músicas,
O lento não existe,
O objetivo cada vez mais difuso,
Deus cada vez mais abstrato,
Amores que são quase um trato,
Lugares distantes em instantes,
Acesso a tudo,
Tudo em um clique,
Simples e ao mesmo tempo complexo,
Muitos sem acesso,
Informação limitada,
Como atingir o sucesso?
Lutar contra quem?
Não vejo meu líder,
Não vejo minha rainha e nem meu ditador,
Será eu um definitivo perdedor,
Conformado com o falso estável?
Que tempo tenho eu pra reivindicar?
Reivindicar o que, a quem?
Rei de quem serei ao conquistar?
O real é trabalhar,
E quietinho no meu canto,
Feliz sem reclamar,
O exército de mudos esta na porta,
O momento é estranho,
É transitório,
O novo sempre camufla aquilo que não queremos,
Inflama a alegria de comprar,
Engana até mesmo os prejudicados,
Mesmo que falte o básico,
Mesmo que falte a cesta básica,
A grande empresa internacional no meu quintal,
Deu-me asfalto e uma motocicleta,
Mas quando tudo passar,
E eu ainda estiver com gasolina no tanque,
Convocarei o exército a gritar,
Vamos lavar a roupa suja escancarada no varal,
Reivindicar o verdadeiro direito que temos,
Combater os moinhos estagnados na política,
E caminhar pra cima dos vilões e dos heróis,
Sejam eles falsos ou ferozes.
Entendendo o Blog
Aqui onde está este texto, é o local da página, em que estão os textos mais recentes,
produzidos todos em sua maioria por mim.
Ao lado direito seu, há vídeos que eu mesmo coloquei, por achar que são interessantes.
Há o meu perfil, minhas recomendações e também tem notícias sobre temas que me interessam e que acredito que tenham a ver com o blog. Estas notícias são retiradas de fontes da Google e são sempre atualizadas automaticamente. Também ao lado é possível ficar por dentro da hora exata de Brasília.
Lá no fim da página você pode assistir mais algum vídeo, e ter outras notícias.
É um blog relativamente novo, e mistura o profissional com o pessoal o tempo inteiro.
Estou sempre atualizando os vídeos e principalmente esta parte, aonde eu coloco poemas, críticas, reclamações, textos tradicionais e textos esquisitos.
Quanto ao endereço eu ter escrito padronisado com a letra **S**, isso foi feito para exatamente contrariar o significado da palavra escrita com letra **Z**, que é ter algum tipo de padrão. Às vezes discordo de algo mesmo achando um absurdo o que escrevo, só para ter o prazer de discordar. Escrever errado por exemplo, é algo que eu acho que todos deveriam evitar ao máximo, mas nunca, em hipótese alguma, concordo que a pessoa que erra uma ortografia ou uma gramática qualquer, seja punida, julgada ou sei que lá.
Costumo dizer que não há erros no mundo, só há más interpretações do errado. Ou seja, se você parar para pensar, toda classificação de que alguém está errado, vem de quem tem ou quer ter o poder sobre a tal pessoa, com mais essa classificação.
Ok, o site tem um padrão, ele é bem resolvido e tudo mais. Mas busco o tempo inteiro trazer pensamentos diferentes daqueles já batidos na mídia. Nem sempre consigo. Mas sempre há alguém que consegue logo após, me criticando com algum comentário pertinente. Risos.
Então espero que gostem. Ou melhor, apenas que dêem uma passadinha por aqui vez por outra. Seja para apenas ler, seja para concordar, ou seja para me xingar.
Obrigado.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Perdão meu bem
É que
O pneu furou
Minha avó morreu
O disquete falhou
A ponte caiu
A lua explodiu, Tornando-se sol
E não deu tempo de chegar antes do amanhecer
Pra você
Ter-me em seus braços
mesmo que apenas nas palavras
mesmo que apenas nas palavras
Tudo que eu explicar com desculpas
Eu sei pra você não passarão de pássaros do passado
E cobrará no presente, um presente que fará do passado
Um eterno futuro brilhante
Diante de ti meu bem
Peço-lhe mais créditos
Sei que são caros
Mas acho que ainda os tenho não é mesmo?
Porque quero lhe mostrar
Na frente de todo mundo
Que eu não queria te deixar só
Só foi um descuido
Um distúrbio de amizades
Que um dia você vai entender
Espero que goste.
Que gostem.
Vou gostar
Vou terminar aqui
O exagerado texto
Que combina com meu sentimento
Por você
Amor
Texto antigo meu. Resolvi resgatar alguns.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Ok, 53 é uma opção
Pode-se pagar 5, 4, 3, ou 2 reais indo a cinemas como Metrópoles ou mesmo no Cinemark. Sim, acho que lá fora também deva ser caro. Talvez não sejamos tão pobres assim mesmo. E também acho que não precisamos da pipoca deles.
Só acho que poderia quem sabe, ser um pouco mais barato, aqui e em todos os lugares, Paris, Londres, Vitória e São Paulo. Acho isso, pois tenho quase certeza de que há um lucro abusivo sobre os custos e não costumo achar isso lindo, nem artístico. A arte sem patrocínio acaba por ser uma arte solitária. Mas é preciso comer não é mesmo? Ainda acho que o cinema tem que dar dinheiro pra quem faz e não apenas para quem exibe, e filmes em sua maioria ainda americanos. O que devemos fazer é exatamente isso, usarmos das brechas encontradas no sistema e não aderirmos a artefatos desnecessários, como a pipoca Conga, sei lá como chama aquilo. Ah, queria registrar também o meu desconforto com relação às cadeiras um tanto quanto duras.
sábado, 9 de junho de 2007
Ciúmes ou usura?
Mas não é que isso da certo, ta vendo? Vamos lá.
A obsessão exacerbada por lucro financeiro ou amoroso define as duas palavras. Ciúmes de uma pessoa que por lei não é de ninguém. Temos livre arbítrio. Mas se o livre arbítrio é de todos, o perigo começa naquele que faz dessa liberdade uma regra cega e cruel. Graças aos padrões multivariantes encontrados em qualquer esquina da sociedade, há formas a serem seguidas e essas, quase são de fato, quase. Usura de emprestar alguém que ama e que tem livre arbítrio a outro alguém qualquer é egoísmo. É o ego vingando-se do respeito já transgredido e ruptado. Respeito é super confuso, variante e necessário. Sem ele as coisas ficam mais vulgares e com ele as coisas ficam sempre a mesma coisa. Alterar o ciclo da rotina e da tradição às vezes não é tão simples para nossa geração, nação. A noção de espaço e tempo, muda o tempo inteiro num espaço curto de tempo. Usufruir a grana acumulada, gozar a vida e a gordura também acumulada. São acúmulos acostumados por nosso sistema digestivo e capitalista. Cobram impostos impostados a nós. Cobram altíssimas taxas de juros e pedem para eu não ter ciúmes do que tenho? O que eu tenho nada mais é do que meu. E o que eu tenho neste país de plebeus se não cobranças, malditas cobranças, de mim, dos outros e de deus. Graças a deus eu sou ateu, e por opção! Juro não pecar sob uma condição. Nunca em hipótese alguma, quero ser vigiado, interpretado e punido.
sábado, 2 de junho de 2007
53
São os novos cinemas do shopping Vitória!
Vertigem!
Foi o que senti ao entrar
no saguão do complexo.
Piratas do Caribe!
Foi o filme que assisti.
Perplexo! Foi como fiquei durante as
Cenas de ação e as cenas de loucura
Estreladas pelo incontestável Johnny Depp.
Imagine um navio navegando por sobre um
Deserto branco de gelo, carregado por milhares
De Caranguejos também brancos...
Uma viagem cortada pela luz!
Ou melhor, pela ausência da mesma.
Sim, faltou luz durante a exibição
10 minutos passados, a luz voltou e o filme
bom, o filme voltou, mas 10 minutos à frente.
Mas foi aí que eu percebi que estava sozinho
No cinema, diante de uma tela gigante e apagada
De um som digital e mudo
Diante de uma organização internacional e exagerada
Diante de uma pipoca absurdamente cara
Encontrei um casal no corredor
Eles me disseram que compraram a
Pipoca e o refrigerante grande para dois ---- 19,50
Pagaram inteiras os dois na entrada ---- 30,00
Na saída iriam pagar o estacionamento ---- 3,50
53 reais gastaram em uma simples diversão
um cineminha agora está perigoso.
Uma saída é comprar antes chocolates na Americanas
Até porque um MeMs que custa em média 1,80 lá estava ---- 4,50
Ou você pode comprar um pacote de 12 pães de queijo
Na Real café, por 3,00 reais. Porque saguão grandão estava ---- 4,50
Cuidado, não pode entrar com latinhas.
Acho que em termos de qualidade técnica de exibição
Há um empate entre os novos Cinemark e o Kinoplex
Mas o ponto positivo são os novos horários
As exibições começam às 11h da manhã e vão até as 11h40 da noite.
Facilitou a vida de quem trabalha das 16h às 22h como eu.
Mas quanto aos preços, há maneiras e dias mais baratos
De comprar o ingresso, vale uma pesquisa.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Oito vezes a sétima arte na sexta

Pois é isso mesmo.
São 8 salas all stadium, tela gigante, poltronas love seats, som digital e pipoca especial. A cidade sol vai brilhar também no escurinho do cinema na próxima sexta-feira, dia 1 de Junho.
Essa é a propaganda do Cinemark em seu site oficial.
Acredito que vai ser mesmo muito interessante ter mais 8 opções de salas em Vitória.
Claro que se essas 8 salas não forem divididas em 4 para Piratas no Caribe 3 e 4 para Homem Aranha 3. Espero que o americanismo fuja um pouco do repertório
da rede americana Cinemark. Vamos aguardar.
Até sexta, ... se você conseguir achar a entrada daquela caixa quadrada debaixo da ponte.
terça-feira, 29 de maio de 2007
A beleza mais bela é a japonesa

A conclusão veio após o resultado do último concurso de miss universo no último dia 28.
A mulher mais bela do universo é uma japonesa, ela venceu a brasileira que ficou em segundo lugar e a favorita venezuelana que só conquistou a terceira posição.
Mas críticos do mundo inteiro, principalmente do ocidente afirmam que a beleza e a cultura da brasileira era muito superior à beleza japonesa. Dizem também que se fosse para alguma oriental ganhar, esta seria a quarta colocada miss Korea, por ser muito mais ocidental que a japonesa.
A quinta colocação ficou com a miss vaiada, quer dizer, com a miss USA. Ela só chamou atenção porque conseguiu levar um tombo de todo tamanho durante o principal desfile, representando muito bem o momento em que vive o seu país.
Mas acho que a decisão por escolher a japonesa tenha mesmo sido política, simplesmente por ela ser um pouco desajeitada. Acredito que os jurados até votaram na japonesa pensando que votavam na coreana.
Eu fiquei satisfeito com o resultado. O que não é política nesse mundo?
Ao menos estão tentando fazer algo diferente... será que os orientais compraram o mais novo padrão de beleza também? Será que agora as mulheres vão fazer plástica para esticar os olhos? E se for, qual o problema nisso.
sábado, 26 de maio de 2007
Depois do umbilical
São as vias que interligam a filha adulta
Quase puta, ainda jovem
Morre de overdose
Múltipla dos órgãos
Geniais São Paulo, são marcos
Que param o trânsito no vermelho
E preto do flamingo
Sujo na Lama
Triangular de urubus famintos
Por uma galinha depenada
E morre na praia
Poluída pelo fogo que cessa
Ter vale ar da cruz
Do Papa
Móvel e estagnado
Na mesa idéia
Genital crescer e gozar
A vida má é ser do mau
A vida boa é ter o mal
E amémsexta-feira, 25 de maio de 2007
O ar de vento da tv digital

Dizem por aí que está por vir a grande resposta do Broadcast à crescente ascensão da Internet. Mas estou cada vez mais incerto da veracidade desta informação.
Acabei de assistir uma palestra que abordava este tema e minhas dúvidas sobre a maravilhosidade revolucionante se fortificaram. São vários os motivos que alimentam essa idéia de pré-fracasso.
1- A tv digital no mundo, em locais já implantados. Ela está apenas impregnada em meios muito mais avançados que a própria, acabando por servir apenas como mais um site, um link, uma opção qualquer e não como o carro-chefe do produto.
2- Nesses mesmos locais, há indícios de que as desigualdades intelectual, social, cultural, o escambal, estejam cada vez mais amplas. Imagine em países emergentes.
3- Isso, imagine a tv digital aqui no Brasil. Grande parte da população sendo obrigada a comprar conversores ou aparelhos novos. *300 reais é o preço de um conversor simples. A tv analógica que atinge o país em quase toda totalidade, com a digital cairia nas mãos de apenas alguns.
4- Mesmo com todo avanço ainda não enxerguei em que parte dessa evolução televisiva, a tv ultrapassará a inalcançável Internet. A interatividade na Internet já é uma realidade. O orkut, a wikipédia, o youtube já existem.
5- Entre outros fatores.
Mas isso não quer dizer que seja um fracasso total. Acredito que essa pseudo revolução seja uma passagem mesmo. Necessária ao menos para provar que a tv é livre e que o direito a informação é de todos. Acho mais, acredito que a Internet prova que a informação, essa de credibilidade que todos conhecemos, não necessariamente precisa vir de uma corporação jornalística e monopolista. Duvido que as tais corporações concordariam com isso. Mas esse seria o jornalismo real que os próprios pregam, imparcial.
Acredito que haverá uma união entre os meios em curtíssimo prazo. E não há como escapar da liberdade se não com leis e regras.
E a verdade talvez seja essa. Estamos mais uma vez em um momento histórico de lutas por espaços. Esta muito mais invisível talvez. E também talvez por isso, muito mais devastadora. São lutas por mercado, por poder, como sempre.
E aí? O que podemos fazer?
Penso que o que temos que saber é que temos os meios livres e baratos em nossas mãos, mas corporações de distintas áreas, como da telecomunicação, televisão e Internet lutam por vantagens comerciais ou até mesmo por sobrevivência, as custas de mais regras, leis, hipocrisias, mediocridades, desigualdades, ...
Por isso, não podemos nos esquecer de lutarmos em prol da nossa liberdade de expressão, diversão, informação e comunicação.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
A velocidade que me turva
Eu nunca, desde minha infância, imaginei que eu poderia estar em um ritmo lento
Em um ritmo não tão rápido quanto os outros
Os outros que de tão rápidos se esquecem de mim
Que enfim me vejo só
E olha que eu corro
Dobro e desdobro
E olha que eu morro
No próximo arranca-toco
Não vale o mundo essa vida que levamos
Não há segundos suficientes para todos
Não para mim
Não nessa vida chinfrim
Acham que eu queria ter a vida que pedi a Deus?
Enganou-se, essa eu não tive coragem de pedir a Ele.
A vidalocidade acessa de dia, a noite e na madrulouca
A rouca que nem tira a roupa pra dormir
Pra que, se dormir é perda de tempo
É fim da linha de mais um parágrafo
Incrível é a capacidade de se articular dessa gente
No meio do corre-corre, no meio da pista de dança, no meio da vida
Aos 30 eu não quero ainda estar assim
Quero sombra e água fresca
Caso água ainda tivermos nesse futuro mundo das sombras
Catástrofe começando e o fim chegando
Culpada e impune é essa a desculpa da agonia
Ninguém protege a ferida, ninguém acorda pra vida
Ninguém dorme
Sonambulando pelas ruas das crendices
Achando que vão ser ricos
Hambúrgueres para encher a pança dos burgueses
Fregueses do próprio drama
Não comem grama, mas comem terra
A Terra das minhocas, que um dia os devorarão na certa
Merda, perdi a hora
Tenho que ir embora.
terça-feira, 22 de maio de 2007
Troca de medos

Policiais e bandidos não sabem mais o que fazer.
Essa semana mesmo, em mais uma dessas brincadeiras de criança, decidiram
brincar de trocar, de trocar balas.
Uma outra criança, que nem queria brincar acabou ganhando a bala mais forte.
Era a Giovanna, que acabou guardando a bala na própria cabeça, na região
frontal do cérebro. Com 4 anos de idade, ela está em como induzido e respirando
por aparelhos.
Mas graças aos deuses policiais os assassinos já estão soltos na cadeia.
Assim nada disso mais vai acontecer. Não com a Giovanna, que talvez não vá
mais poder brincar.
Mas o governador tem que se pronunciar, afinal é ele que deveria estar no lugar
da Giovanna, quer dizer é dever dele fornecer segurança pra população e é dever
dele também que ninguém precise matar ninguém para sobreviver. Na verdade se
ninguém matasse ninguém, não haveria problema algum. Mas sempre há alguém.
É sempre uma história nova e triste, uma vida que acaba com a outra vida que
morre.
O tiro na cabeça da Giovanna vai ser esquecido pela mídia, vai ser esquecido pelo
povo, vai ser esquecido pelo Pam, vai ser esquecido pelo governador, só não vai
ser esquecido pela família da Giovanna Prado e por ela, se ela puder lembrar.
Mas isso tudo vai mudar, políticos vão trabalhar, famílias vão ser livres, o povo vai
ser rico, a mídia vai ser punida, os bandidos e os policiais vão montar uma ONG
de recuperação de sobreviventes das famosas trocas de tiros, de medos, de
sangues, de vidas.
sábado, 19 de maio de 2007
Dias de saudades de quem

Perambulando sobre os trilhos de ferro,
Transei com folhas voadas do trem.
Caí da estrada, entrei na rua, virei a esquina, quebrei a direita e caí na desgraça.
Obsessão por luxúria agora é plano de vida.
Maldita hora em que decidi nascer.
Pra que tudo isso
Se isso tudo não passa de um devaneio?
Aqui não há tristeza, aqui não há. Ai de quem disser o contrário. Pois posso provar que aqui não, ah, esqueça.
Lembrei e senti saudades
**Uma só coisa me maravilha mais do que a estupidez com que a maioria dos homens vive a sua vida... é a inteligência que há nessa estupidez.**
Marcos Luppi // Fernando Pessoa
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Reflexão do dia
Gente é preciso aproveitar melhor nossas oportunidades.
E não aceitar o inaceitável julgado por nós mesmos.
Olhe bem pra quem te manda e verás que ele não manda tanto em ti assim.
**Precisar de dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente.**
Fernando Pessoa.
Aproveite...
Padronisado
Regras e leis
Palavras e tiros
Buracos no chão
Quem é seu amigo?
Ninguém te escuta
Alguém lhe culpa
Está preso
E não fez nada
É a porra da conduta.
Cria caos
Grita ajuda
Pede a Deus e a Jesus
Alá a ateus
Até a Buda
A bunda
Que de tão quadrada
Não levanta mais da cadeira
De madeira contrabandeada
Vai, arrisca!
Risque e rasgue
Não se engasgue
Levante a voz
Abra a cabeça
Muda o discurso
Confunda-se também
Agrida os velhos e os nenéns
Faça o que tem que ser feito
Mas lembre-se, ninguém tem culpa
E saiba, você também não tem.