sexta-feira, 21 de março de 2008
Sentimento
e isso me move a continuar assim
na incomunicabilidade e incompreensabilidade extensa e eterna
quarta-feira, 19 de março de 2008
sábado, 15 de março de 2008
Cativeiro
Corria até na praia sozinho
Mas sozinho a praia não corria comigo
Até que as ondas tentavam
Mas escorregavam de volta ao mar
Lar do obscuro e do exato
Como pode o exato existir no obscuro?
Charlatanice de algum, só pode.
Chatice do outro é comum e fácil de aparecer
Julgar é o que eu mais faço
Mas faço por fazerem comigo
E nem sempre há punições
Armações são sempre bem vindas
Bem lindas são as paredes
Os dias
As paredes
As noites
O chão
O sol
A lua
O céu
Que inferno!
Não adianta adiantar
Está tudo sempre atrasado
Estou sempre na luta
Bruta é a janela, que nem sabe desligar
Esperta é a puta que dá e ganha, sem dó
Mas todos dão o melhor de si
Mas nem sempre o melhor do só
O sul fica logo ali
O norte é lá
A morte é mi, é mim
Sou eu, cansado de viver
De repetir a mesma nota disfarçada de mudar, lugar
Estou indo em frente
O mundo vai de ré
E eu vou na quinta
Correndo pro inverso
Entediado com essa coisa de ter que ser
Enclausurado no infinito do universo
domingo, 9 de março de 2008
Quase a gosto
Em ir sem rir
Lugar comum algum
Pro chão, canção ou céu
Em mim parir
Ali cair
Voar, cantar ou véu
Amor comum não quero
Com pão, anel e inferno
Beijei seu pescoço
Ouvi o desgosto
Senti o frio de julho sem gosto
Afoguei-me no mergulho do oposto
Meu rosto se distrai
Meu sentir se destrói
Destrulhos das trilhas truncadas dos troços tralhados
Sapatos
Eu os quero muito mais coloridos
Eu Quero ter mais amigos
Inimigos
Quero a infância de volta
Quero a porta da rua sem ruído
Quero o silêncio em meu ouvido
Quero logo um sonho a buscar
Sozinho.
(texto já usado, porém gostei da construção)