Corria até na praia sozinho
Mas sozinho a praia não corria comigo
Até que as ondas tentavam
Mas escorregavam de volta ao mar
Lar do obscuro e do exato
Como pode o exato existir no obscuro?
Charlatanice de algum, só pode.
Chatice do outro é comum e fácil de aparecer
Julgar é o que eu mais faço
Mas faço por fazerem comigo
E nem sempre há punições
Armações são sempre bem vindas
Bem lindas são as paredes
Os dias
As paredes
As noites
O chão
O sol
A lua
O céu
Que inferno!
Não adianta adiantar
Está tudo sempre atrasado
Estou sempre na luta
Bruta é a janela, que nem sabe desligar
Esperta é a puta que dá e ganha, sem dó
Mas todos dão o melhor de si
Mas nem sempre o melhor do só
O sul fica logo ali
O norte é lá
A morte é mi, é mim
Sou eu, cansado de viver
De repetir a mesma nota disfarçada de mudar, lugar
Estou indo em frente
O mundo vai de ré
E eu vou na quinta
Correndo pro inverso
Entediado com essa coisa de ter que ser
Enclausurado no infinito do universo
Um comentário:
gostei mesmo do inicio desse texto... simples... mas ser bom fazendo o simples é sempre o mais difícil... :) Tudo que eu quero é conseguir ter uma idéia simples o suficiente para fazer alguma diferença nesse mundo...
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