segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Esquecer o que bebeu

Não acredito que um ano novo está para começar
Pra mim, 2009 é mais velho que 2008
É um ano mais velho

Sinto-me velho
Sinto que a cidade envelhece
Alguns amadurecem
Outros apodrecem

No mesmo tom de sempre
A gente continua prometendo
Adiando
Enrolando
Empurrando
Enquanto a lógica se dissolve
A ética se adapta
O absurdo se acostuma
A África se fode

Até quando o burro fingirá ser um burro?
Ignorância é mérito num país de calmos

E essas empresas heim?
Será que elas também renovaram seus perfis, suas políticas?
Novos chefes, novos donos, novas cadeiras,...
Não, acho que não.
O povo se fode

Mas 2009 está aí
Vamos festejar
Prometer
Beber
Comer
Fuder
Esquecer o que bebeu
Vomitar o que prometeu
Cuspir o que gozou
Rezar e pedir perdão

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Turismo no ES

O Espírito Santo é um estado com vocação turística. Assim como todos estados do litoral em direção ao sul do Brasil, o ES tem mar e montanhas, quase colados. Essa proximidade, nada excêntrica, é motivo de orgulho para a população. População essa, de difícil rotulação, identificação. Não há sotaque, não há característica marcante, não há hábito anormal, não há ar estranho. Parece um pouquinho de cada coisa que existe pelo Brasil, sem muitas estranhezas. Cachoeiras, praias, dunas, montanhas. Desenvolvimento econômico, organização política e um futuro promissor. Um pouco acanhado com a atual crise econômica, mas cheio de planos e projetos. Em todos os bairros de Vitória, a capital, têm uma obra, de pequeno, ou grande porte. A cultura está em total ressurreição. Novas leis de incentivo municipal, novos artistas, novas obras, novas panelas. De barro fez-se o homem, de barro é feito o símbolo do ES. Moqueca é capixaba, o resto é peixada. Guarapari, Jacaraípe, Vila Velha, Itaúnas, Conceição da Barra, Cachoeiro de Itapemirim, Piúma, Ubú, Anchieta, Linhares, Colatina, Pancas, Serra, Meaípe, Manguinhos, Marataízes, São Gabriel da Palha, Guaçuí, Alegre, Domingos Martins, Pedra Azul, Vitória, Venda Nova do Imigrante, Regência, entre outras, cidades e lugares lindos. A rota capixaba do mar, do sol, da moqueca, da torta, do mármore, do granito, do petróleo, do pré-sal, do gás natural. São rotas ricas, mas ainda sem muita visibilidade nacional. O bar do Ceará e o bar Abertura, com seus deliciosos petiscos e rápido atendimento e cerveja gelada, disputam a liderança entre os bares capixabas. O bar Escritório é absurdamente perfeito. O Cochicho da Penha é o tradicional resistente da Lama, boa música e boa coxinha. A Praia do Canto, na região do Triângulo das Bermudas, é o recanto dos pseudos ricos de Vitória e o principal point da noite capixaba. A Lama, mais tímida, é o recanto dos pseudos cults da capital e é uma alternativa boa de rock. Particularmente eu vivo na Lama.
Hotel Ilha do Boi, Radisson, Hostess, Novo Hotel, Íbis, entre outros, fazem parte de um crescente leque de opções de hospedagem no Espírito Santo.
Diversão e entretenimento no ES estão evoluindo consideravelmente. Há cada dia mais opções de lazer. Sem falar nos já famosos pontos turísticos, como Convento da Penha, Fábrica da Garoto, Avenida Beira Mar, Penedo, Pedra Azul, o Frade e a Freira, a Barra do Jucu, a praia de Camburi, a curva da Jurema, entre outros.
Vale a pena vir pra cá conhecer. Um estado virgem de rotulação, e dotado de grande capacidade turística. Lindo e mutante. Com problemas e com sujeira. Mas acho que vale a pena vir pra cá conhecer.
Alguns sites que irão te ajudar por aqui. Agenda, mapas, novidades, rotas, cidades, lugares, shows, boates, bares, cinema, teatro, museu, etc.
http://www.es.gov.br/site/turismo/index.aspx
http://www.iu.art.br/
http://porem.com.br/
http://gazetaonline.globo.com/
http://www.folhavitoria.com.br/site/

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Preferia ir até à montanha

Acordei disposta a cantar com os pássaros
Mas logo a chuva começou
A montanha se mexeu
O frio aumentou
A tristeza desceu
Dispararam medos
Rezei meu desespero
Yma Sumac cantou
Mesmo assim a natureza continuava a descarrilar
Assim como quem nada sente
Sem dó da parede descascada, do prédio branco, atrás da fachada.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ainda não tenho orgulho

Ele era apenas um figurante
Não era ão e nem inho
Não era no centro
Nem era do meu braço direito
Era apenas o vizinho
Que na queda
No desespero
No desespero
No desespero
Quebrou o dedo
Estraçalhou a articulação
Deslocou tudo

Ah, mas que bobagem!

É, talvez você nunca tenha quebrado um dedo
Não da forma que quebrei
Ele não voltará a ser o mesmo de antes
Ele que era quieto, mas sempre viril
Agora ta lá, torto e bobão

Tem tanta gente pior
Ta reclamando de barriga cheia
“Você num viu na paraolimpíadas aquele brasileiro?” (by mamãe)

É talvez, ou melhor, é certo que vou me acostumar
Ainda irei me orgulhar deste dedo, que antes era figurante, que hoje é vilão
Mas que um dia será campeão!

Marcos, pára de brincar, isso é sério.

Pois é, serei, sério.
Já estou desistindo do remo e do teclado. Farei salto em distância.
Palhaçada não faço mais.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ignorância

Querem-me coerente
Sou o que não me convém

Querem-me lindo
Engordo

Querem-me inteligente
Nem leio

Querem-me maduro
Perco a cabeça

Querem-me rápido
Torço o pé

Querem-me sóbrio
Caio

Querem-me esperto
Sou idiota

Querem-me
Não enxergo

Posso mudar
E continuo sem vínculo com o presente

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Estéril vida

A esperança de tê-la
É a dívida do meu pessimismo
A felicidade se faz em mistério
A descoberta é um museu
O fracasso é a ação
A crise é a morte
A sorte é pagã

Não se faz mais doce como antigamente
A índia já morreu
O muro já caiu

O amor é injusto
E a justiça é refém da dor do amor

A dúvida não é se é ser ou não
A dúvida é querer tê-la

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Uma pequena analise política

Preocupado com o possível sucessor de Paulo Hartung, para o cargo de governador do estado, pensei em algumas pessoas.
Existe o grupo liderado por PH, composto por Ricardo Ferraço, Lelo Coimbra e César Colnago.
Ricardo Ferraço, vice-governador, vem sendo mostrado o tempo inteiro por PH, mas soa como óbvia demais essa candidatura, não combinando com o feitio de PH. Ele foi, em 98, o candidato mais votado para deputado federal, com 76 mil votos. Mas tem sua imagem riscada, agora, com a derrota do pai em Cachoeiro.
Lelo Coimbra, com 120 mil votos, em 2006, para deputado federal, aparece como uma grande possibilidade. Foi o mais votado para este cargo.
César Colnago, foi em 2006, o 3º mais votado para o cargo de deputado estadual, com 48 mil votos. Surge como uma possibilidade. Uma possibilidade fraca. Visto que se ele for o candidato, outros podem largar as devidas prefeituras e tentar contra ele. E Colnago já demonstrou, em outras vezes, que não é muito bom de debate e campanha.
Existe o lado Max. Mas este vem muito em baixa, após não conseguir um sucessor para Vila Velha. Acho que pai e filho estão para serem esquecidos. Mas o Max pai ainda tem o seu eleitorado. E numa eleição dividida, tudo é possível. (segundo turno existe, ufa!)
Tem também os prefeitos da Grande Vitória João Coser, Sergio Vidigal e Helder Salomão.
João é um forte candidato, caso tenha apoio do PT e de grandes nomes da política nacional, como Lula, Casagrande, o próprio Helder, entre outros. O problema é que tudo já deve ter sido bem articulado na cabeça de PH. Colocou um vice para Coser que é do seu partido. Inibindo o PT de deixar uma prefeitura, a da capital, para Tião Barbosa, do PMDB. Complicada a situação do Coser. Ele venceria o Colnago e o Ferraço, mas o Lelo eu não sei. O PT saiu muito fortalecido depois destas eleições de 2008, mas o PH ainda é o grande mentor da política local. Tudo vai depender muito ainda de quem e como estará/será o candidato à presidência da República do PT.
Helder eu acredito que não teria muitas chances. Devido Cariacica ainda não ser uma grande referência.
O imbatível, com certeza, seria o Renato Casagrande. Amigo de Coser, de Paulo Hartung, de Lula, é super bem visto no senado e sabe debater como ninguém. Porém, ele ainda terá mais 4 anos de mandato como senador. Então a dúvida é, será que ele pretende largar o senado e ser governador do ES? Não sei. Mas é importante também saber quem ele vai apoiar, caso ele não seja o candidato. O nome de Casagrande vem se tornando um nome bem forte aqui no estado. Ele que teve 1.031.487 votos nas eleições para o senado em 2006. Teve o dobro de votos do concorrente Max Mauro e apenas 300 mil a menos que o governador reeleito.
Não sei, depois que Vereza perdeu em Vila Velha, com eleitorado assim não se chuta.
Ou chuta né...
Talvez eu entre aí nessa briga.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cola-Cola com Leite e trigo

Para fazer Chocolate !!!

300 gramas de leite
1 litro de Coca-Cola
100 gramas de trigo

Junte tudo e mexa até der o ponto.
Guarde na geladeira por 3 horas. Corte em barras.
Terá o mais gostoso chocolate em barras.


Para fazer feijão é fácil também.

500 gramas de trigo
300 ml de leite
200 ml de Coca-Cola
2 colheres das de sopa de cola branca

Junte o trigo e o leite. Mexa até dar o ponto.
Faça pequenos bolinhos e aqueça no forno por 15 minutos.

Para a cobertura, misture a Coca-Cola e a Cola. Até ficar Coca+ 2xCola.
Passe com um pincel nos bolinhos. E o que sobrar deixe para o caldinho.
Pronto! Estará pronto o mais gostoso feijãozinho brasileiro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um poema para um morto

Isso nada tem a ver com a sua vida,
Isso nunca terá nada a ver com a sua vida.
Cansei de esperar por uma mãozinha,
Rezei, perdi, matei por nada.
Não posso mais com Deus,
Mas também não desejo o inferno,
Não a mim...
Meu desespero neste quarto sem saída,
Sinto-me presa e sem algemas,
Sem um corpo, sem janelas,
Sem pedaços, sem ação, sem oração.
Alienados, subordinados, podados, mutilados!
Uma Amazônia acinzentada.
Quanta covardia eu hei de herdar?
Se é para escolher, escolho esta.
Saiam dos asilos!
Saiam das escolas!
Mas que bobagem é essa de escolas?
Mas que maldade é essa de academia?
Ria dos burros e dos políticos corruptos,
Mas não ria de si mesmo,
Que era burro, político e estúpido!
Maldita hora em que leu aquele livro.
Modéstia parte, eu prefiro a televisão.
As novelas, os jogos e as peripécias.
A reputação, a mutação e a repetição.
Do mesmo, do mesmo, do mesmo.
Não é mesmo?
Não é? Mesmo!
Vai lá e se entrega na cadeia,...
Vai lá e se entrega pra polícia,...
Num fica aí dando uma de morto.
Num fica aí dando pros outros.
Seu merda!
Vive dizendo pro pivete parar de pedir,
E pede o tempo todo pro diabo e pra Deus
Um aumento, uma viagem, uma casa, um carro, uma trepada
Pára de pensar alto!
Você nunca sairá da sua cova.
Você nunca mudará seu destino.
Intestino de porco!
Indolente!
Só não tem preguiça de ficar velho.
Vai ser desnecessário assim mais longe!
Já disse que isso nada tem a ver com a sua vida.
Isso nunca terá nada a ver com a sua vida!
Você nunca fará nada de importante.
Vai ser sempre um estuprador, um rotulador, um ventilador de bosta!
Sai da minha frente!
Sai da minha casa!
Não quero mais perder tempo com um morto sem volta.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Monorail

Ouvi dizer que um tal de Teteco já está prometendo, mas, desde minha infância acredito na idéia de se implantar o metrô-aéreo aqui em Vitória. Mas não é o metrô de superfície do Coser, mas o chamado Monorail, ou melhor, monocarril, ou melhor ainda, monotrilho!
Meu vasto estudo (wikipédia e sites nada famosos) sobre o assunto, me dá a idoneidade de proferir sobre o tal. Vamos lá!
Projetado pela primeira vez na Irlanda em 88 do século retrasado, teve sua primeira linha implantada na Alemanha, em mil novecentos e pouquinho.
Disneylândia, Tokyo, Las Vegas, Kuala, entre outros lugares do mundo, também implantaram esse sistema de transporte em suas paisagens. E é na beleza que vem a primeira atração do veículo. Ele chama a atenção por seu design, na maioria das vezes, futurista.
O monotrilho funciona, como o próprio nome diz, com um único trilho, que este parece ser engolido, envolto por rodas paralelas pertencentes ao trem. Nussa! Como é difícil explicar isso. Juro que não consigo. Olha a foto que dá para entender melhor.
Ele é seguro. Dificilmente descarrila, ou colide com outros trens. Não cruza com pedestres ou outros meios de transporte, pois possui seu próprio meio, sua própria estrada. Porém, caso ele pegue fogo, o povo tem que decidir entre pegar fogo, ou quebrar o pé e viver com dor de coluna, ao pular pela porta de segurança (se essa abrir, ou existir, é claro). Pois como ele fica elevado e nós seres humanos somos baixinhos e nada atléticos (com algumas exceções olímpicas), a altura, que pode variar de acordo com a necessidade urbana, impede dos passageiros pularem com facilidades onibuzais. Mas acho que ele não vai pegar fogo.
Ele é rápido. Não pára em semáforos, não pega o trânsito da Reta da Penha, não varia a velocidade de acordo com o humor do motorista (eu acho), não tem que desviar de buracos, de pedestres loucos e metidos de Jardim da Penha (Esse parêntese é para falar deles! Gente, pedestre: não ache que porque você tem o direito, você pode fechar os olhos e sair atravessando as ruas, na faixa ou seja lá onde for. Os motoristas, as vezes, estão olhando no retrovisor, por exemplo e você, blau-blau. Espere o carro parar. Caso isso aconteça, atravesse. Caso contrário, espere e sobreviva. Ufa! Fecha parênteses.), entre outros obstáculos das vias repleta de bagunças.
Ele não polui: o meio ambiente, por ser elétrico (caso ele seja de um combustível poluente, desconsidere essa informação); O som, por ter rodas de borracha (já sabe); O visual, por ser uma maravilha do design e não tampar a visão do Convento, entre outros (ta ficando mais caro).
Como está sendo percebido, o Monorail pode ser a solução para os nossos problemas de trânsito. Eles ocupam pouco espaço, pois podem ser elevados por vigas únicas e proporcionalmente finas, se relacionadas a outros meios. Um carro do Monotrilho pode ter de 8 a 50 metros e transportar de 80 a 170 passageiros.
Aqui no Brasil tem um lugar que já tem essa parada doida aí. Mas já foi pro saco. É em Poços de Caldas. Acho que com intenção turística, acabou que vai ser desativado. (Corrija-me caso esteja errado, poçosdecaldenses)
São Paulo já teve uma proposta dessas, mas debochou da tecnologia (é claro, eles entendem tudo de trânsito). Curitiba e Rio de Janeiro são as cidades que eu, aqui de Vitória, sei que estão caminhando para terem o trem perneta.
Sei lá, chutando, acho que custaria uns $ 50 milhões de dólares por quilômetro. Incluindo todos os gastos. E sei lá também, acho que poderia cada estação, ou linha, ou trem (imagina as pinturas), ser um oferecimento de uma mega empresa, como a Vale, a Petrobras, a CST Arcelor Etc, entre outras. Para assim diminuir os custos.
Já o imagino passando em frente, ou entre, os grandes prédios da enseada e partindo para a Beira-mar, que também imagino cheia de prédios de inverno (prédio de inverno, pra mim, são prédios comerciais ou não, sem janelas e com cores bem escuras, tipo Chicago, sei lá).
Essa possibilidade tem que ser proposta, eu acho.
Valeu e desculpa se estou sendo qualquer adjetivo pejorativo.

Abraços
Marcos Luppi, 4 horas da manhã, para o SkyscraperCity, Notícias Capixabas III e padronisado.blogspot.com

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Amar é derrota

Isso é um jogo.
Sou marcado o tempo inteiro
Pois é. O tempo inteiro.
Fim. Acabou o tempo.
Nem chuva eu espero que desabe.
Você sabe que eu não queria assim.
Cabe a mim lhe dar o fim.

Assim como nada quer.
Peço perdão por ter sido assim contigo.
Comigo. Não quis ficar comigo.
Preferiu o controle. Preferiu o Flamengo.
Lamento.

Escolha da razão é sempre dolorida.
Há um motim do meu corpo contra meu cérebro.
Mas é ele quem decide. Ao menos depois das pancadas.
Só a lágrima que me confunde, afunda.
E eu mergulho. No grande abismo do estar sem.
Perdido entre o lembrar e o navegar.

Amar é derrota.
Não me importa mais se sofro ou se vou sofrer.
As chances foram flechas que retornaram.
Doem.

domingo, 24 de agosto de 2008

José Jonas

Sente isso?
Opacidade
Agonia, grito seco, água dura.
Vê isso?
Tudo turvo.
Sem cor de gente.
Vermelho de sol.
Turvo tudo.
Acredita em mim?
É azar.
Foi acaso. Foi descaso. Sou casado.
Acredita em mim!
Sou assim, eu sou.
Olha pra mim!
Nem lágrimas eu tenho.
Perdi todas na tentativa de criar um cais.
Um porto pra fugir. Um ponto pra chegar. Um morto pra cair.
Quero mais pés. Quero mais pernas. Quero menos chão.
O céu, com isso, eu já conquistei.
Se Deus existe. Se Deus existir.
Hei de me guiar.
Não quero estrelas.
Já estou na tempestade. É tarde para estrelas. É preciso sê-las.
Andar e continuar.
Até quando estrada?
Até quando José?
Até quando Jonas?
A fé pondo dúvidas.
A festa da loucura.
A dívida da consciência.
A persistência da teimosia.
A esperança da carona.
Ar, vento, asfalto, mato, calor, frio e José Jonas.

(José Jonas - novo vídeo de conclusão de curso do Vasco Coutinho - texto que fiz como sugestão p/ trailler)

domingo, 13 de julho de 2008

Sacanagem com a família!

Já faz algum tempo que sofro preconceitos por adorar assistir o programa do
Raul Gil na TV. Na época que eu via mais, era na TV Record. Hoje, na TV Band, o programa do Raul Gil, Tamanho Família, que passa aos domingos, está fazendo uma grande sacanagem.
Antes, na parte em que havia calouros, todos os calouros cantavam ao vivo, sem dublar a própria voz. Poderia até ter dublagens de backs ou de bandas, mas, da voz do candidato nunca!
E é exatamente isso que está acontecendo. Como eu estou afirmando isso?
Gente, eu não sei, não sou técnico de dublagem, mas em minha opinião, não há dúvida. Os cantores estão gravando o som antes de entrar no palco. E, além disso, estão fazendo uma super produção dos calouros, como figurino, modo de portar, não mandar beijos, e nem exagerar nos agudos ou firulas. É só vocês observarem que todos os cantores estão usando o microfone sempre rente a boca, para diminuir a chance de vacilo, a voz está super tratada, aveludada e algumas até metalizada. Não existe isso, um programa de calouros em que ninguém erra, que ninguém se emociona, que ninguém e passa do limite. E é assim a forma que eu vejo o programa hoje. Limitado. Tinha tudo para ser o maior programa de calouro do Brasil e um dos melhores do mundo, mas começou a cair na padronização bestóide da Globo e SBT. Mas dublagem nem essas duas aí fazem. Agora sim estou com vergonha de dizer que assisto Raul Gil.
Se eu estiver errado, peço perdão e uma vaga para cantar no programa, faço parte de um octeto vocal.
Mas eu quero dublar, igual os meus futuros concorrentes!
Só mais uma coisa. O que são esses jurados? Uns sabem que é dublado (Messias) e fica até sem graça de reagir a grandes interpretações e outros esbanjam ignorância musical, falando se é ou não vendível. Putz! Sai dessa Raul, eu sei que você pode. Porque o que depender de mim, as mentiras que se passam por verdade, ou as mentiras omitidas, virão todas a tona.

(leia os poeminhas que ficaram os posts passados... sem comentários,... rsrs... pouuuxa)

Bactéria

Prendo o choro
__________ e não te largo
solto e morro
__________ sem teus lábios

5 minutos

Será o que?
Texto comprimido
Chuva reduzida
Aperto confundido
O que será que me espera?
Um amor ou um antigo?

domingo, 29 de junho de 2008

Indeóscargoustíú!!!

Ok, não foi desta vez...

H3 fez mímica demais e nem foi percebido como desconstrutivo.

Tadinho de mim, que fui derrotado pelo Fracasso e por alguém que nem sabia francês... rs

Mas tudo bem! Um dia ainda aprendo a cozinhar! E vai ser na pressão, nada de barro! Rs

Além de tudo, fui mandado embora de um coral que eu fazia parte... Quer dizer, achava que fazia,... Mas era só um teste. E olha que eu ia pedir pra sair, mas decidi tentar mais, dar mais ainda de mim. Sei lá. Devo ter sido sabotado outra vez. Só posso ter sido sabotado. Eu nunca erro, sempre me equivoco, eu nunca perco, me sabotam. Coisas da prepotência de um fracassado ou seria melhor, desorganizado. Juro que já conheci um prepotente, numa certa empresa caceta, que dizia frases arrogantes assim mesmo. Mas isso aqui é só um desabafo, sim é só um desabafo.

Palavra estranha esta, “desabafo”. Parece um desinfetante, ou melhor, um desodorante de bafo, desa-bafo. “Compre o Desabafo Bafo-Clean e fale de Pertinho sim!”.

Ok, Péssimo slogan. Rs.

O princípio era o velho texto, a velha ladainha. Por Elis dizer que somos como nossos pais, que eu entendo melhor esse povo que vive do velho todo dia de novo. E dizem que sou louco, por eu ter um gosto assim, rosnar pra quem não gosta de mim.

Ah ta, já ia me esquecendo. Dei entrevista na Tv Assembléia. Quase que deram um furo, mas não conseguiram entrevistar o campeão! Falta de comunicação entre o júri e a mídia.

Chega!

Já vomitei.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Programação do Festival "Desconstrução"

Gente vai começar o Festival da ABD Capixaba. E o vídeo "H3' que fiz na minha conclusão de curso vai concorrer na mostra competitiva. Vamos lá!!! É no dia 27, as 19h, no Cine Metrópoles em Vitória - ES.

Agora confira toda a programação:


23 de junho – segunda-feira

SEMINÁRIO DE TV E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS INDEPENDENTES

19:00 h - MESA DE ABERTURA

TEMA: A TV BRASIL E A CONSTRUÇÃO DE UMA TV PÚBLICA BRASILEIRA

Convidados:

Mario Borgneth – Diretor de Relacionamento e Rede da Empresa Brasil de Comunicação – TV Brasil

Antonio Achilis Alves da Silva – Presidente da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (ABEPEC) e Presidente da Rede Minas.

Solange Lima – Presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas metragistas (ABD Nacional)

Saskia Sá – Presidente da ABD&C/ES e Diretora Interina de Convênios da ABD Nacional

24 de junho – terça-feira

SEMINÁRIO DE TV E PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS INDEPENDENTES

PAINEL I - A PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO INDEPENDENTE NA PROGRAMAÇÃO DAS TVs;

10:00h - Mario Borgneth -. Diretor de Relacionamento e Rede da Empresa Brasil de Comunicação - TV Brasil

TEMA DA PALESTRA:

TV Brasil: as formas e mecanismos de aquisição à produção de conteúdos regionais e independentes; Linhas de programação e conteúdos; Exibição de trechos de programas da grade televisiva.

11:00h - O MERCADO DA PRODUÇÃO INDEPENDENTE E REGIONAL NA TV A CABO;

Luiz Alberto Carregosa César – Diretor Executivo da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV)

TEMA DA PALESTRA:

A participação da produção independente no mercado de TV a cabo no Brasil, dados, perspectivas, parcerias, participação em feiras nacionais e internacionais e Projeto de Lei 29 que trata do mercado de TV por
assinatura e do audiovisual.


12:00h - DEBATE

Painel II – AS FORMAS DE INCENTIVO À PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS PARA TV

14:00h Alexandre Patez – Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Representante da Agência Nacional de Cinema (ANCINE).

TEMA DA PALESTRA: O funcionamento do ARTIGO 39, que possibilita a produção de conteúdo para TVs a Cabo através da liberação de recursos para os produtores independentes. Outras possibilidades de mecanismos de incentivo. Exemplos de casos.

15:00h – Paulo Alcoforado - Diretor do Audiovisual da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura

TEMA DA PALESTRA: A Política da Secretaria do Audiovisual para a Televisão Brasileira.

16:00h – DEBATE

20h00

ABERTURA DAS MOSTRAS COMPETITIVA E PARALELA

"Tomato Ketchup" de Sol na Garganta do Futuro, um Cine-concerto inspirado na obra de Shuji Terayama.

21h00

Anabasys, de Joel Pizzini, 98 minutos, 35mm, 2007

Com a presença do diretor.


25 de junho – quarta, às 14H00 no Cine Metrópolis

Aula aberta com o diretor JOEL PIZZINI

17H00

Lançamento da caixa de dvds “COLEÇAO GLAUBER ROCHA” - FASE 1 seguido de debate com os realizadores do projeto PALOMA ROCHA e JOEL PIZZINI

19H00

MOSTRA COMPETITIVA

FRACASSO, de Alberto Labuto, Mini-DV, 11´36”, 2007

RESQUÍCIOS DA ESCRAVIDAO, de Elisa Blunck, Mini-DV, 2´47”, 2008

NÃO É SÓ UMA PASSAGEM, de Igor Pontini, Mini-DV, 13´, 2005

ILUSTRAÇAO, de Carlos Roberto Jr, Mini-DV, 1´40”, 2008

PELO OUTRO LADO DO RISO, de Dominique Lima, Mini-DV, 11´50”, 2008

O FILME QUE EU VI, de Diego Scarparo, João Moraes, Lê Batista e Leonardo Gomes, Mini-DV, 3´25”, 2007

NO OLHO DA RUA, de Luiz Eduardo Neves, Mini-DV, 19´20”, 2008

VIVENDO DE ROCK NO ESPÍRITO SANTO, de Mila Neri, Mini-DV, 20´46”, 2007

21h00

MOSTRA PARALELA

CARAMUJO-FLOR, de Joel Pizzini, 35mm (exibição em 35mm), 21 minutos, 1988

ENIGMA DE UM DIA, 35 mm (exibição em 35mm), 17 minutos, 1996

SUITE ASSAD, de Joel Pizzini, Betacam (exibição em Mini-DV), 15 minutos, 2003

DEPOIS DO TRANSE, de Joel Pizzini, DV (exibição em Mini-DV), 30 minutos, 2003

HELENA ZERO, de Joel Pizzini, DV (exibição em Mini-DV), 30 minutos, 2005

DORMENTE, de Joel Pizzini, 35mm (exibição em 35mm), 15 minutos, 2005

26 de junho – quinta, às 14h00

MESA DE DEBATES

TEMA - DIREITOS DO PÚBLICO

Lançamento da campanha pelos direitos do público pelo CNC - Conselho Nacional de Cineclubes.

Presenças de:

Regina Machado: cineasta, cineclubista e jurista - RJ
Felipe Macedo: cineclubista e produtor cultural - SP
Saskia Sá – Presidente da ABD&C/ES e Diretora Interina de Convênios da ABD Nacional


19h00

Mostra Competitiva

VITÓRIA DE DARLEY, de Renato Rosati, 35mm (exibição em 35mm), 16´, 2006

TEORIA DO RALO, de Ítalo Galiza, Mini-DV, 3´, 2007

MORFUMO, de Reinaldo Guedes, Mini-DV, 5´52”, 2006

GAME OVER, de Jefferson Rodrigues, Mini-DV, 3´, 2007

A GENTE FAZ TV PENSANDO POR VOCÊ, direção coletiva, Mini-DV, 2´30”, 2006

SEJE BEM VINDO MAS NÃO TOQUE EM NADA, de Fred Roseiro, Mini-DV, 7´34”, 2007

CUIDADO COM O CAO, de Sunshine de Souza, Mini-DV, 3´, 2008

EU QUE NEM SEI FRANCÊS, de Erly Vieira Jr, Mini-DV, 6´16”, 2008

X9, de Marcel Cordeiro, Mini-DV, 53´, 2004

21 horas

Mostra Paralela

POUR ELISE, de Erly Vieira Jr (ES), 35 mm (exibição em 35mm), 15’, 2004

LITA, de Gui Castor (ES), 35mm (exibição em 35mm), 2’, 2005

Engano, de Cavi Borges (RJ), 35mm (exibição 35 mm), 11’, 2008

GRAÇANAÃ, de Luiz Tadeu Teixeira (ES), 35mm (exibição em Mini-DV), 15’, 2006

Instantâneo, de Paulo F. Camacho (RJ), dV (exibição em Mini-DVD), 20’, 2008

Instruções para suicídio doméstico, de Fabrício Coradello (ES), DV (exibição em Mini-DV), 5’, 2002

CABRA CEGA, de Sol na Garganta do Futuro (ES), DV (exibição em Mini-DV), 6’ 25’’, 2007

EU ACREDITO NO INCRÍVEL ‘CONSTANTINOPLA’, Nilson Primitivo (RJ), 16mm (exibição em Mini-DVD), 3’, 2008

Trecho, de Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr. (MG), 35mm (exibição em Mini-DV), 16’, 2006

Sebastião, o homem que bebia querosene, de Carlos Magno Rodrigues (MG), DV (exibição em Mini-DV), 11’, 2007


27 de junho – sexta, às 19h00

Mostra Competitiva

AZULZINHO, de Jefinho Pinheiro, Mini-DV, 10´, 2007

FRENQUENCIA ANGULAR, de Fernanda Zardo, Margarete Galvão, Uilian Trindade, Mini-DV, 3´, 2006

A FESTA NO CÉU, de Johnson Sudré Januário, Mini-DV, 4´30”, 2007

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?, de Marissol Rios, Mini-DV, 4´, 2008

BELINHA, de Orlando Bomfim Netto, Mini-DV, 13´30”, 2007

AM, de Claudia Vilarinho, Mini-DV, 3´42”, 2007

VOCÊ VIU ALGUM NEGRO POR AÍ?, de Alex Rosa de Andrade, Mini-DV, 3´30”, 2007

EU MESMO, de Felipe Mattar, Mini-DV, 3´, 2008

H3, de Marcos Luppi, Mini-DV, 12´, 2006

A INICIAÇAO, de Gui Castor, Mini-DV, 44´, 2008

21h00

Mostra Paralela

DESARMADO, de Walter Fernandes Jr. (RJ), 35mm (exibição em 35mm), 10’, 2005

O Casal dos Olhos Doces, de Felipe Rodrigues (RJ) 35mm (exibição em 35mm), 9’, 2002

Gravidade, de Torquato Joel (PB), 35mm (exibição em 35mm), 6’, 2006

DA JANELA DO MEU QUARTO, de Cao Guimarães (MG), 35mm (exibição em Mini-DV), 5’, 2004

METRÓPOLIS X MONK PONK, de Rodrigo Linhares e Tati Rabelo (ES), DV (exibição em Mini-DV), 2’ 35’’, 2008

Menina moça, de Rosana Paste (ES), Mini-DV, 3´, 2007

MEMÒRIA, de Roberto Burura (ES), DV (exibição em Mini-DV), 5´, 2008

(Filmes do CinEsquemaNovo)

EU SOU COMO O POLVO, de Sávio Leite (MG), Mini-DV, 4’, 2006

LE MÊME CHAPEAU QUE TOI - O MESMO CHAPÉU QUE O TEU, DIGITAL, de Heron Ferreira (Bélgica), DV (exibição em Mini-DV), 14’ 50’’, 2007

MATERIAL BRUTO, de Ricardo Alves Júnior (MG), DV (exibição em Mini-DV), 18’, 2006

ÉTERNAU, de Gustavo Jahn (RS), 16mm (exibição em Mini-DV), 21’, 2006


28 de junho – sábado – Noite de Encerramento

19h00

Lançamentos do DVD-Coletânea de filmes da Mostra Competitiva

e da Revista/Catálogo “Milímetros”. Encontro com os realizadores.

Homenagem ao Maestro Jaceguay Lins

Divulgação das obras premiadas

Exibição das premiadas

22h00

Lançamento do filme “Despertai”, de Ed Poloni (co-produçao da ABD&C/ES)


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um dia a casa cai

Olha lá
As cores do escondido
que ainda tem cores
que está no alto
mas não arranha o céu
e nem faz cócegas
Sim, faz rir
Faz rir o bolso de quem tem mais,
de quem está comprando um lugar no paredão.
Um paredão que elimina
que derruba casas
mas que não termina com a visão de ninguém.
Por isso...
Cuidado palácios espelhados...
esses espelhos são para refletir o que?
Prefiro que seja uma pedra.
E uma pedra bem colorida e bem certeira.
Viva a revolução!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mais que uma pedra no caminho


O que seria aquela coisa cilíndrica em frente ao cinema Cinemark em Vitória ES?

Acho que é caixa d’água pessimamente localizada.

Ela tampa até o próprio nome do Cinemark.

Alias, aquela construção, pra mim, não passa de uma caixa quadrada e feia, que tira a vista do Convento. Além de só passar filmes comerciais.

Capixaba fechando a conta de bar

É sempre a mesma ladainha. Alguém que está com sono, bem na hora que o papo está bombando, ao invés de dormir na mesa do bar (como eu faço), ou retirar a sua já insignificância, inicia uma enjoada e crescente reclamação de querer fechar a conta.

Eis que a conta chega.

Sempre tem alguém, que logo pega a conta na mão e começa um estranho e maníaco modo de dividir a mesma. É assustador! Não necessariamente é a mesma pessoa que estava com sono. Mas necessariamente é a mesma pessoa que fez isso em uma outra vez.

O ser, inconvenientemente, da inicio a uma contagem, uma soma e subtração de tudo que foi comprado e o que cada um, um por um, comeu.

Eles alegam que os bares colocam coisas a mais. Também falam que não bebem cerveja ou que não comeram daquele ou daquele outro petisco e fazem questão de somar separado.

Mas Marcos, porquê eles estariam errados?

Ora, pois neste ato, eles inibem as pessoas que não tem dinheiro na mesa, que foram convidadas, ou mesmo que estavam a fim de se divertir mesmo sem grana. Eles são desagradáveis, pois a conversa estava ótima e já estaríamos todos loucos, indispostos a fazer cálculos e somos obrigados a estarmos ali, naquela usurês. Eles são insensíveis, ignorantes e chatos, não percebem que a mesa não está disposta a passar por isso.

E eu acho que eles, na verdade, são extremamente usuras. Pois eles não foram lá para fazer uma economia numa alimentação diária, mas sim fazer uma diversão em grupo.

Com isso, a conta ao invés de ficar mais em conta e igual para todos, numa simples conta de dividir pelo número de pessoas, a conta fica exorbitante para alguns e barata para outros.

Não gosto da transformação do clima que acontece, quando esses capixabas fazem isso. Eles contam até os centavos!

Em grande parte das vezes, a pessoa que faz esse tipo de divisão constrangedora, é um ser com dinheiro. Um ser que seria o de maior condição financeira da mesa. Mas acho que não está ligado a ter dinheiro, mas a estar emergindo na aristocracia. São emergentes do capitalismo, mesmo ainda pobres, que fazem isso. E exatamente por isso, estão emergindo, porque acumulam mais que a maioria.

Quase sempre, o mais pobre em grana é o mais rico em generosidade. Não quero um altruísmo ao pé da letra, mas um pouco menos de chatice. É literalmente um porre ter esses chatos na mesa na hora de pagar a conta.

E olha, dizem por aí, que essa é uma característica forte dos capixabas. Combina muito bem com a gente. Dizemos que somos o tempo todo, na hora de ser, não somos nada. Não que isso seja errado, mas às vezes, é chato. E chatos não tem perdão!

Viva a divisão por igual da conta do bar!

Não quero que quem gasta menos, se f..., quero que pare de criar problemas.

Afinal, se não paga pela cerveja, paga pelo momento (que a cerveja possibilitou)!

terça-feira, 27 de maio de 2008

O moralista

A maioria das pessoas é moralista em relação a algum assunto.

Eu estou começando a desenvolver um certo preconceito ou apenas conceito, em relação as “raves” que acontecem aqui no estado.

Recomendo quem gosta muito de rave, só ler a partir do parágrafo com ASTERISCO*.

Um dos fatores que ajudam a essa mudança de opinião é que no início, eram bem mais divertidas, muito mais loucas, mais acessíveis na distância e nos preços.

Não sei se era apenas uma invenção minha, querendo que a festa fosse daquele jeito, mas eu via uma festa realmente despreocupada com mundo e com o outro. Uma despreocupação positiva, era uma ausência de preconceitos comemorando de forma inclassificável a liberdade. Era, a meu ver, a manifestação mais pós-moderna que eu via. Pois não havia locais óbvios para acontecer, maneiras de dançar, não existia roupa exata para se vestir e muito menos, métodos para conseguir se enxergar livre.

Um ótimo exemplo de local é a piscina vazia do Saldanha da Gama. Local bonito, exótico, acessível e longe de muitas residências, eu acho.

Hoje as raves, sinceramente, estão um saco!

Todos acontecem em lugares distantes, que só se chega de carro e são sempre os mesmos lugares. Pedreira, Yahoo e Chácara alguma coisa. Cadê a criatividade? Ou será que a intenção é excluir errados e incluir certos?

O preço exorbitante ajuda na argumentação dessa tese. Acho que o povo esqueceu que os churrascos, com tudo liberado, na casa do amigo, só custa 10 ou 15 reais.

Existe a roupa exata de se vestir, (me corrija se eu já estiver desatualizado da última moda) como bermuda de surfista, blusa branca, tatuagens, havaianas, óculos da Chilli-beans e um “pompom” rodopiante, para ficar rodando ou mesmo, saber soltar chamas da boca. (Em breve terá trapézios e o globo da morte)

Palhaçada é o que eles vão chamar esse texto tão partidário. (Num to nem aí)

Existe também uma dança. Gente, o que é aquela dança? Todos exatamente iguais. Por alguns instantes as raves lembram muito musicais da Broadway. Ou seriam micaretas e suas coreografias divertidíssimas?

Não sou contra ter essa dancinha, mas acho um pouco estranho a liberdade estar relacionada a padrões. Eu preferia dançar malucamente, sem medo de rirem de mim.

Olha que eu nem comentei nos cortes de cabelo, que maravilha. Do vocabulário! Não suporto esse vocabulário, que parece mais um fã de reggae que acabou de chegar de um intercâmbio na casa de algum americano astrólogo. Nem irei comentar sobre a qualidade das músicas, até porquê, não existe métodos para se obter essa qualificação.

*Agora vou comentar sobre a questão mais polêmica. (Nem sei se fiz bem, mandando os vibes diretamente para esse parágrafo).

Não sou contra usar drogas, licitas ou não. Acredito que uma grande parcela da população também pensa assim.

Más, porém, contudo, as drogas ilícitas, como o próprio nome já diz, são proibidas!

Não sou eu, você ou um pequeno grupo de sei lá, oitocentas mil pessoas, que vai mudar isso.

O Brasil, lembrando, tem 180 milhões de pessoas e é um país teoricamente democrático.

E lembrando, democracia acontece a favor da maioria.

Aposto que tem alguém pensando “mas são muito mais de oitocentas mil pessoas que vão a raves”. Ok, que seja. Mas não sei se são todos a favor da liberação e nem sei seriam, ainda assim, a maioria em relação a uma nação teoricamente religiosa e tudo mais.

Hipocrisia não é isso, hipocrisia é dizer que rave não cultua drogas ilícitas. É óbvio que cultua, incentiva e é responsável por essa ploriferação e normatização do uso abusivo das balas, doces e sei lá mais o que.

Como posso afirmar isso?

O direito de me expressar já é meu a alguns anos.

Eu sei que há muita droga porque eu já fui em muitas raves. É simples. Não tem o que discutir. Todo mundo que vai em qualquer rave, sabe que o nível de utilização de drogas nestes ambientes é muito, mas muito superior aos de boates, churrascos, shows, praias, aniversários de 15 anos, formaturas e casamentos. Todo mundo sabe que nestes lugares, o que reina é a cerveja.

Não que a cerveja faça bem a saúde e que ela não causa acidentes. Mas isso é uma civilização e não uma tribo indígena.

A rave parece muito com uma tribo indígena né?!

Só agora que percebi isso. Prezam pelo natural, acreditam na força da natureza, tem um dialeto próprio, musicas bem estacadas, usam drogas sem medo, e fazem protestos na Assembléia, porque forças maiores querem tomar seus terrenos.

Nesta segunda, dia 26 de maio, aconteceu uma manifestação em frente a Assembléia.

Eles estavam a favor das raves, que estão prestes a serem proibidas, por uma lei do deputado Reginaldo Almeida. O Protesto era contra a proibição e não a favor das raves, corrijo.

Sei lá, eu fiz que nem o jornalismo faz, quando já tem uma opinião formada sobre um assunto. NEM QUIS SABER, já fui fotografando e escrevendo!

Achei bacana, a cidade parecia diferente com aquela musica alta, naquele horário. (15 horas)

É engraçado ver as pessoas lutando por causas assim.

Tão injustas.

Mas sério, proibição é demais. Ou não?

Sei lá.

Acho que deviam fiscalizar as pessoas que entram e todo mundo voltar a beber cerveja.

Pois só eu bebendo cerveja, só eu que ficarei gordim eternamente.

Além do mais, quando vou em raves, danço até o meio-dia, só no álcool!

E sei lá, usar drogas sem lutar contra um regime político, não tem graça.

Desculpa as brincadeiras.

Beijo do gordo!

sábado, 17 de maio de 2008

Ensaio sobre uma certeza

A certeza pra mim, é quase a mesma da de Sócrates, que só sabia que nada sabia, porém, com um acréscimo. Só sei que nada sei e que não sou o único a não saber.

Desta idéia, podemos repensar alguns papeis dúbios existentes na sociedade metidocultural.

O que são os críticos de cinema?

Há função mais medíocre e ao mesmo tempo mais valorizada que esta?

Não me refiro aos blogueiros ou a aqueles que comentam filmes em geral. Mas aqueles que tentam impor ao filme, arte audiovisual de elevada subjetividade, uma generalidade depredatória ou um leque de laquês refinados.

Acho revoltante um especialista em sei lá o que, pensar que pode resumir uma obra em um, dois ou dez parágrafos, na prepotência de classificar o filme na colocação que agora sim, ele poderá exigir ou ser. Não acredito nisso. Um texto, seja lá ele qual for, nunca conseguirá ser um ícone de uma obra artística cinematográfica, ou outra arte qualquer. Um texto é composto por palavras, já um filme, por imagens e sons.

Quando uma pessoa interpreta um texto e depois resume em um texto menor, está colocando o que compreendeu, a partir dos próprios conhecimentos, costumes e preferências, em mais um texto, com outras “palavras” e que também sofrem com o processo de significância da mesma.

Este texto aqui por exemplo, terá diversas interpretações e as mesmas, também terão que ser interpretadas por um terceiro, ou por mim, quase sempre de maneira desgastante. Mas um desgaste evolutivo, se é que isso pode existir. (evolutivo do dialogar)

Da mesma maneira, um filme que por ventura for palatreficado e diminuído em um texto, terá nele impregnado a falta de compreensão ou a compreensão exacerbada de alguém que é recheado de conhecimento e não conhecimento.

Às vezes, a falta de entender um filme, leva o crítico a atacar o mesmo. Por mais embasado e testemunhado que esteja, o crítico nunca fará a crítica que realmente o filme merece. Porque a superficialidade de um olhar, mesmo que um olhar pós-doutorado, é distante das intenções discutidas por uma equipe durante a pré, a pro. e a pós-produção cinematográfica.

Mesmo que este processo criativo não apareça na exibição do filme na sala de cinema, chega a ser fútil a audácia dos petulantes escritores.

Uma obra não vai aos olhos, para ser olhada por um rosto mascarado de presunções e achismos. Uma obra vai aos olhos com a intenção de tapear os olhos. E o rosto, tem que olhar e dar sempre a cara à tapa.

Estraga prazeres é o que eles tentam ser. Pois somos todos masoquistas da descoberta. Gozamos a solução. Amamos a resolução e mais ainda o processo.

Adoramos a cegueira no desprazer. É mais fácil inventar teorias sobre a discórdia a discordar de igual pra igual.

Metalinguagens à parte, “Ensaio sobre uma Cegueira”, de Saramago, foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Jardineiro Fiel) e sua equipe nacionalmente mista. (Blog do Meirelles sobre a produção do filme)

O próprio Meirelles, o qual enfatizo que consegue se defender muito bem sozinho, disse que adaptar para o cinema um livro muito bom, já é um erro. Imagina, é como se uma madrasta exigisse dos enteados, um amor igual ou maior do que o que a mãe tinha.

Lógico, há sempre aqueles que insistem em comparar as artes. Como se houvesse uma tabela sistematizada, onde seriam somados nas duas áreas os pontos nos acertos e retirados outros nos erros, para assim analisar quem teve mais pontos.

Ovacionado por cinco minutos após a exibição do filme, Blindness é uma obra que pode e vai atingir uma gigante bilheteria. Independente disso, Meirelles tem agora, um filme que é seu e não de Saramago. Arrisco lembrar que Saramago não saberia fazer metade da metade que Fernando faz na produção cinematográfica. Sim, ele faz muito na literatura, mas é este o ponto que eu queria chegar. É simples. São duas coisas completamente diferentes uma da outra. Duas linguagens. Duas artes. Duas técnicas. Duas pessoas. Duas visões. Duas cegueiras. E um monte de pseudo-entendedores de Fernando Saramago e José Meirelles.

Tanto acredito na metidocultura, que acho que há quem lê um livro, só para assim poder dizer que leu.

Mas eu não anseio o fim dos críticos de cinema, apenas os desvalorizo. Eles, assim como todos, não sabem de nada. (lembrando Sócrates) E aos críticos:

Deixem a arte nos levar para onde ...

Não precisamos dos seus suspensórios, sabemos nos vestir e nos nudar.

terça-feira, 13 de maio de 2008

FESTIVAL REC 2008 ABRE INSCRIÇÕES

Atenção cineastas, videomakers , artistas, loucos, astronautas e o público que vos entende!!!!

Vitória está Rumo à Estação Cinema pela quarta vez. As inscrições para o 4º Festival Nacional de Vídeos Universitários - REC 2008 já estão abertas e vão até 11 de julho.
Na sua quarta edição, O Festival REC vai ser realizado nos dias 27, 28 e 29 de agosto, em Vitória, Espírito Santo, e vai premiar as produções universitárias de todo país em oito categorias: Melhor vídeo, Melhor vídeo documentário, Melhor ficção, Melhor animação, Melhor vídeo publicitário, Melhor vídeo clipe, Melhor vídeo arte e o Melhor vídeo do júri popular.
Serão aceitos vídeos produzidos a partir de janeiro de 2006 com até 20 minutos de duração. Para a categoria Melhor Vídeo publicitário, o tempo máximo é de 2 minutos.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.festivalrec.com.br ou na coordenação do curso de Comunicação Social da Faesa, no campus II, das 08 às 22h.
Neste ano, o Festival REC traz algumas novidades. Uma delas é a exibição dos vídeos da mostra competitiva no Cine Metrópolis. O evento conta ainda com mostras livres, mostras paralelas, oficinas e palestras com profissionais de destaque do cinema brasileiro.
No ano passado, o Festival REC recebeu 160 vídeos enviados de 38 universidades brasileiras. A participação do diretor e roteirista Jorge Furtado foi uma das atrações do evento que teve nos seus três dias um público de aproximadamente 1800 pessoas.
Contatos
rec@festivalrec.com.br

VAMOS PARTICIPAR GENTE!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Texto antigo

Regressar ao amadurecimento!

Juntos?

Por tanto pensei em acreditar.

Burrice.

Ou não.

Existe punição de uma previsão?

Tão pesada foi a sua facada, que acredito que o meu erro já foi uma punição pelo o que agora recebo.

Hipocrisia é mentir dizendo que não mente, que não erra e ainda tenta me julgar, ...

Consegue ser hipócrita, mentiroso, absurdamente errado e cínico ao mesmo tempo!

Mas lhe dou razão.

Afinal...

Ah, final?

Há final, mas não sei onde em que tempo está. Perto ou Londres, não sei se qualquer coisa vale a pena. Não sei se quero ser a pena no seu caminho. Leve para se esquecer quando quer e gordo para pesar a sair. Posso lavar, passar, comprar, comer e puta que pariu o filho da puta. Só tem puta agora.

Satisfeito?

Oh Roma, como saberei se está satisfeita comigo ou se ainda serei castigado?

Na cruz já não morrerei, não ando mais com nenhum santo.

Se bem que no caso, eu que sou o Judas. Ou a Madalena, sei lá. Só sei que Maria ninguém mais é.

Nunca escrevi um texto tão sem raiva. Por isso está tão ruim. Eu estou pouco me fudendo pra essa porra de português, rima ou criatividade. Quero que isso vá pra casa do letrado. Eu sou mais eu.

Antes eu era mais nós.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Beatos que riem dos que deveriam ser beatificados

Eu não entendo a frieza e a hipocrisia das pessoas.

Às vezes entendo, quando assim ajo.

Mas dessa vez foi demais.

Pessoas que se dizem fiéis fervorosos, rindo da desgraça do padre.

O cara pode ter morrido e por uma morte horrivelmente consciente.

A história é a seguinte, um padre aventureiro, ousou pela segunda vez voar com balões. Desta vez, com 1000 balões cheios de gás hélio. A anterior havia sido com 500.

A aventura, que dizem ter sido por muito tempo planejada, tornou-se cena de terror, quando os ventos mudaram de direção e aumentaram a força.

E o terror virou comédia, quando a televisão mostrou e o povo riu.

“Ah, ele é um louco que não dá valor à vida”.

Escutei isso de alguém altamente católico.

Imagino agora, assim, como esses fiéis mudaram de vocabulário desde o suicídio de Jesus. Aquele louco desvairado...

Vai ver foi assim que ele subiu aos céus.

Eu na verdade acredito em qualquer coisa que me dizem, não sou médico, nem advogado e muito menos jornalista, pra dizer o contrário.

Mas acho que Jesus, o Padre e outros que morrem e são incompreendidos em seu tempo, terão, um dia, algum reconhecimento.

Se ele morreu ou não, mesmo que ele diga o contrário, imagino o quanto ele deve ter sofrido.

Mas acho que está mais fácil beatificarem a criança Isabela, de quem a mídia tanto nos torra.

Encerro aqui meu desabafo e desejo sorte para o padre.

Perdido

Só posso estar perdido.

Impossível encontrar outra definição, ou mesmo, me encontrar.

Que bom.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Enseada de daqui a pouco

Uma vez, ainda criança, eu fiz uma profecia. Na verdade eu fiz um desenho de Vitória, colocando a Enseada do Suá como uma nova Sidney no Brasil. Já adianto que não sei onde está esse caderno contendo minha provas de futurólogo. No desenho falei do metro-aéreo, dos prédios espelhados, do teatro arrojado, até de uma invenção, uma árvore artificial, que troca o gás carbônico por oxigênio.
Bom a profecia está virando realidade, lógico que de forma bem mais amena e simplória, mas nem por isso, pior.





O metrô de superfície.



Os prédios residências que se nomeiam resorts:
Grand Park e Victória Bay, respectivamente.
E tem o Celebrity que quebrou muito o visual arrojado. Achei simples demais. E nem o postei aqui. Até porque prefiro edifícios comerciais para essa região.

Mas tem o mais alto de todos o Aqva.Os comerciais são bem mais impactantes.

O primeiro Work Center, é bonito, mas tenho que ver se ele só tem frente, como o Petro Tower. O segundo é o Greenwich parece ser muito bonito. Arrojado e bem localizado, frente a terceira ponte. Já o Global Tower, acredito ser o mais marcante entre todos. Pena estar entre dois residenciais cariocas.


Este é o surpreendete prédio do TRT!!! Eu tinha um medo de ser algo cheio de azulejos. Mas uma alma boa deve ter pensado na localização do edifício e salvou a região. E muito bem.




Agora por fim, uma pequena prévia do que pretende ser um arrojado Teatro de 1.500 lugares e Museu, na orla, como o Opera House.


Até mais.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Pelo amor


Ai Meu Deus,
Deus me deu.
Deu-me Deus!
Deus meu,
Livrai-me de um adeus.
Pelo amor, nosso amor!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Sentimento

Nunca fui compreendido
e isso me move a continuar assim
na incomunicabilidade e incompreensabilidade extensa e eterna

sábado, 15 de março de 2008

Cativeiro

Corria até na praia sozinho

Mas sozinho a praia não corria comigo

Até que as ondas tentavam

Mas escorregavam de volta ao mar

Lar do obscuro e do exato

Como pode o exato existir no obscuro?

Charlatanice de algum, só pode.

Chatice do outro é comum e fácil de aparecer

Julgar é o que eu mais faço

Mas faço por fazerem comigo

E nem sempre há punições

Armações são sempre bem vindas

Bem lindas são as paredes

Os dias

As paredes

As noites

O chão

O sol

A lua

O céu

Que inferno!

Não adianta adiantar

Está tudo sempre atrasado

Estou sempre na luta

Bruta é a janela, que nem sabe desligar

Esperta é a puta que dá e ganha, sem dó

Mas todos dão o melhor de si

Mas nem sempre o melhor do só

O sul fica logo ali

O norte é lá

A morte é mi, é mim

Sou eu, cansado de viver

De repetir a mesma nota disfarçada de mudar, lugar

Estou indo em frente

O mundo vai de ré

E eu vou na quinta

Correndo pro inverso

Entediado com essa coisa de ter que ser

Enclausurado no infinito do universo

domingo, 9 de março de 2008

Quase a gosto

Pensei em partir

Em ir sem rir

Lugar comum algum

Pro chão, canção ou céu

Em mim parir

Ali cair

Voar, cantar ou véu

Amor comum não quero

Com pão, anel e inferno

Beijei seu pescoço

Ouvi o desgosto

Senti o frio de julho sem gosto

Afoguei-me no mergulho do oposto

Meu rosto se distrai

Meu sentir se destrói

Destrulhos das trilhas truncadas dos troços tralhados

Sapatos

Eu os quero muito mais coloridos

Eu Quero ter mais amigos

Inimigos

Quero a infância de volta

Quero a porta da rua sem ruído

Quero o silêncio em meu ouvido

Quero logo um sonho a buscar

Sozinho.


(texto já usado, porém gostei da construção)

sexta-feira, 7 de março de 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Minha última petulância, arrogante!

É tanta gente passando fome

Tanta briga por quase nada

E nós aqui na cadeira acolchoada.

Pensando em mim

Decidi andar

Tentar o que ainda não fiz

Cair em vez de deitar

Pular em vez de burlar

Agora senti e não paro mais por qualquer um que se diz ser um

São tantas mazelas

Tantas desgraças

Tanto sofrimento

Problemas, soluções e problemas

Povo, mais povo, advogado, político, povo de novo e nada

Cotidiano da mesmice

Velocidade e burrice

Certo e errado

Gravado, editado, transmitido, arquivado

Esquecido.

Pobres na favela

Doentes nos hospitais

Índios sem terra

Aracruz em paz

Pobre flanelinha

Que a paz não conseguiu

Arranha o manufaturado desigual

Rouba o carro que o atropela

É rotulado marginal

Jornalista põe na lista apenas o que o rOdeia

Morte não Vale

Apenas acidentes acidentais, casuais, sem culpas, desculpas, arranhões e mortais

Mas nada de abrir o bico

Afinal este é o seu bico, assalariado!

Alias ali ou lá há aliados alado

Políticos e políticas

Na matéria polêmica

Que só veio a calhar

O errinho bobo

Bobo, bobo, este povinho bobo.

Inovar não é preciso

É irregular

Queria muito ver alguém daí fazer, um jornalista qualquer, sair do tom, tentar outras rimas, nem rimar, mudar, desconstruir.

mas,...