
terça-feira, 22 de maio de 2007
Troca de medos

Policiais e bandidos não sabem mais o que fazer.
Essa semana mesmo, em mais uma dessas brincadeiras de criança, decidiram
brincar de trocar, de trocar balas.
Uma outra criança, que nem queria brincar acabou ganhando a bala mais forte.
Era a Giovanna, que acabou guardando a bala na própria cabeça, na região
frontal do cérebro. Com 4 anos de idade, ela está em como induzido e respirando
por aparelhos.
Mas graças aos deuses policiais os assassinos já estão soltos na cadeia.
Assim nada disso mais vai acontecer. Não com a Giovanna, que talvez não vá
mais poder brincar.
Mas o governador tem que se pronunciar, afinal é ele que deveria estar no lugar
da Giovanna, quer dizer é dever dele fornecer segurança pra população e é dever
dele também que ninguém precise matar ninguém para sobreviver. Na verdade se
ninguém matasse ninguém, não haveria problema algum. Mas sempre há alguém.
É sempre uma história nova e triste, uma vida que acaba com a outra vida que
morre.
O tiro na cabeça da Giovanna vai ser esquecido pela mídia, vai ser esquecido pelo
povo, vai ser esquecido pelo Pam, vai ser esquecido pelo governador, só não vai
ser esquecido pela família da Giovanna Prado e por ela, se ela puder lembrar.
Mas isso tudo vai mudar, políticos vão trabalhar, famílias vão ser livres, o povo vai
ser rico, a mídia vai ser punida, os bandidos e os policiais vão montar uma ONG
de recuperação de sobreviventes das famosas trocas de tiros, de medos, de
sangues, de vidas.
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