Eu nunca, desde minha infância, imaginei que eu poderia estar em um ritmo lento
Em um ritmo não tão rápido quanto os outros
Os outros que de tão rápidos se esquecem de mim
Que enfim me vejo só
E olha que eu corro
Dobro e desdobro
E olha que eu morro
No próximo arranca-toco
Não vale o mundo essa vida que levamos
Não há segundos suficientes para todos
Não para mim
Não nessa vida chinfrim
Acham que eu queria ter a vida que pedi a Deus?
Enganou-se, essa eu não tive coragem de pedir a Ele.
A vidalocidade acessa de dia, a noite e na madrulouca
A rouca que nem tira a roupa pra dormir
Pra que, se dormir é perda de tempo
É fim da linha de mais um parágrafo
Incrível é a capacidade de se articular dessa gente
No meio do corre-corre, no meio da pista de dança, no meio da vida
Aos 30 eu não quero ainda estar assim
Quero sombra e água fresca
Caso água ainda tivermos nesse futuro mundo das sombras
Catástrofe começando e o fim chegando
Culpada e impune é essa a desculpa da agonia
Ninguém protege a ferida, ninguém acorda pra vida
Ninguém dorme
Sonambulando pelas ruas das crendices
Achando que vão ser ricos
Hambúrgueres para encher a pança dos burgueses
Fregueses do próprio drama
Não comem grama, mas comem terra
A Terra das minhocas, que um dia os devorarão na certa
Merda, perdi a hora
Tenho que ir embora.
Um comentário:
Tem umas rimas.. hummm...
eu fico pensando, ruminando essa da velocidade diferente dos demais... ser mais rápido que a maioria tb é uma merda. eu vejo muita coisa em camera lenta... hummm tem umas rimas...
abraço...
meu blog tá atualizadoooooooooo
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