quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mais que uma pedra no caminho


O que seria aquela coisa cilíndrica em frente ao cinema Cinemark em Vitória ES?

Acho que é caixa d’água pessimamente localizada.

Ela tampa até o próprio nome do Cinemark.

Alias, aquela construção, pra mim, não passa de uma caixa quadrada e feia, que tira a vista do Convento. Além de só passar filmes comerciais.

Capixaba fechando a conta de bar

É sempre a mesma ladainha. Alguém que está com sono, bem na hora que o papo está bombando, ao invés de dormir na mesa do bar (como eu faço), ou retirar a sua já insignificância, inicia uma enjoada e crescente reclamação de querer fechar a conta.

Eis que a conta chega.

Sempre tem alguém, que logo pega a conta na mão e começa um estranho e maníaco modo de dividir a mesma. É assustador! Não necessariamente é a mesma pessoa que estava com sono. Mas necessariamente é a mesma pessoa que fez isso em uma outra vez.

O ser, inconvenientemente, da inicio a uma contagem, uma soma e subtração de tudo que foi comprado e o que cada um, um por um, comeu.

Eles alegam que os bares colocam coisas a mais. Também falam que não bebem cerveja ou que não comeram daquele ou daquele outro petisco e fazem questão de somar separado.

Mas Marcos, porquê eles estariam errados?

Ora, pois neste ato, eles inibem as pessoas que não tem dinheiro na mesa, que foram convidadas, ou mesmo que estavam a fim de se divertir mesmo sem grana. Eles são desagradáveis, pois a conversa estava ótima e já estaríamos todos loucos, indispostos a fazer cálculos e somos obrigados a estarmos ali, naquela usurês. Eles são insensíveis, ignorantes e chatos, não percebem que a mesa não está disposta a passar por isso.

E eu acho que eles, na verdade, são extremamente usuras. Pois eles não foram lá para fazer uma economia numa alimentação diária, mas sim fazer uma diversão em grupo.

Com isso, a conta ao invés de ficar mais em conta e igual para todos, numa simples conta de dividir pelo número de pessoas, a conta fica exorbitante para alguns e barata para outros.

Não gosto da transformação do clima que acontece, quando esses capixabas fazem isso. Eles contam até os centavos!

Em grande parte das vezes, a pessoa que faz esse tipo de divisão constrangedora, é um ser com dinheiro. Um ser que seria o de maior condição financeira da mesa. Mas acho que não está ligado a ter dinheiro, mas a estar emergindo na aristocracia. São emergentes do capitalismo, mesmo ainda pobres, que fazem isso. E exatamente por isso, estão emergindo, porque acumulam mais que a maioria.

Quase sempre, o mais pobre em grana é o mais rico em generosidade. Não quero um altruísmo ao pé da letra, mas um pouco menos de chatice. É literalmente um porre ter esses chatos na mesa na hora de pagar a conta.

E olha, dizem por aí, que essa é uma característica forte dos capixabas. Combina muito bem com a gente. Dizemos que somos o tempo todo, na hora de ser, não somos nada. Não que isso seja errado, mas às vezes, é chato. E chatos não tem perdão!

Viva a divisão por igual da conta do bar!

Não quero que quem gasta menos, se f..., quero que pare de criar problemas.

Afinal, se não paga pela cerveja, paga pelo momento (que a cerveja possibilitou)!

terça-feira, 27 de maio de 2008

O moralista

A maioria das pessoas é moralista em relação a algum assunto.

Eu estou começando a desenvolver um certo preconceito ou apenas conceito, em relação as “raves” que acontecem aqui no estado.

Recomendo quem gosta muito de rave, só ler a partir do parágrafo com ASTERISCO*.

Um dos fatores que ajudam a essa mudança de opinião é que no início, eram bem mais divertidas, muito mais loucas, mais acessíveis na distância e nos preços.

Não sei se era apenas uma invenção minha, querendo que a festa fosse daquele jeito, mas eu via uma festa realmente despreocupada com mundo e com o outro. Uma despreocupação positiva, era uma ausência de preconceitos comemorando de forma inclassificável a liberdade. Era, a meu ver, a manifestação mais pós-moderna que eu via. Pois não havia locais óbvios para acontecer, maneiras de dançar, não existia roupa exata para se vestir e muito menos, métodos para conseguir se enxergar livre.

Um ótimo exemplo de local é a piscina vazia do Saldanha da Gama. Local bonito, exótico, acessível e longe de muitas residências, eu acho.

Hoje as raves, sinceramente, estão um saco!

Todos acontecem em lugares distantes, que só se chega de carro e são sempre os mesmos lugares. Pedreira, Yahoo e Chácara alguma coisa. Cadê a criatividade? Ou será que a intenção é excluir errados e incluir certos?

O preço exorbitante ajuda na argumentação dessa tese. Acho que o povo esqueceu que os churrascos, com tudo liberado, na casa do amigo, só custa 10 ou 15 reais.

Existe a roupa exata de se vestir, (me corrija se eu já estiver desatualizado da última moda) como bermuda de surfista, blusa branca, tatuagens, havaianas, óculos da Chilli-beans e um “pompom” rodopiante, para ficar rodando ou mesmo, saber soltar chamas da boca. (Em breve terá trapézios e o globo da morte)

Palhaçada é o que eles vão chamar esse texto tão partidário. (Num to nem aí)

Existe também uma dança. Gente, o que é aquela dança? Todos exatamente iguais. Por alguns instantes as raves lembram muito musicais da Broadway. Ou seriam micaretas e suas coreografias divertidíssimas?

Não sou contra ter essa dancinha, mas acho um pouco estranho a liberdade estar relacionada a padrões. Eu preferia dançar malucamente, sem medo de rirem de mim.

Olha que eu nem comentei nos cortes de cabelo, que maravilha. Do vocabulário! Não suporto esse vocabulário, que parece mais um fã de reggae que acabou de chegar de um intercâmbio na casa de algum americano astrólogo. Nem irei comentar sobre a qualidade das músicas, até porquê, não existe métodos para se obter essa qualificação.

*Agora vou comentar sobre a questão mais polêmica. (Nem sei se fiz bem, mandando os vibes diretamente para esse parágrafo).

Não sou contra usar drogas, licitas ou não. Acredito que uma grande parcela da população também pensa assim.

Más, porém, contudo, as drogas ilícitas, como o próprio nome já diz, são proibidas!

Não sou eu, você ou um pequeno grupo de sei lá, oitocentas mil pessoas, que vai mudar isso.

O Brasil, lembrando, tem 180 milhões de pessoas e é um país teoricamente democrático.

E lembrando, democracia acontece a favor da maioria.

Aposto que tem alguém pensando “mas são muito mais de oitocentas mil pessoas que vão a raves”. Ok, que seja. Mas não sei se são todos a favor da liberação e nem sei seriam, ainda assim, a maioria em relação a uma nação teoricamente religiosa e tudo mais.

Hipocrisia não é isso, hipocrisia é dizer que rave não cultua drogas ilícitas. É óbvio que cultua, incentiva e é responsável por essa ploriferação e normatização do uso abusivo das balas, doces e sei lá mais o que.

Como posso afirmar isso?

O direito de me expressar já é meu a alguns anos.

Eu sei que há muita droga porque eu já fui em muitas raves. É simples. Não tem o que discutir. Todo mundo que vai em qualquer rave, sabe que o nível de utilização de drogas nestes ambientes é muito, mas muito superior aos de boates, churrascos, shows, praias, aniversários de 15 anos, formaturas e casamentos. Todo mundo sabe que nestes lugares, o que reina é a cerveja.

Não que a cerveja faça bem a saúde e que ela não causa acidentes. Mas isso é uma civilização e não uma tribo indígena.

A rave parece muito com uma tribo indígena né?!

Só agora que percebi isso. Prezam pelo natural, acreditam na força da natureza, tem um dialeto próprio, musicas bem estacadas, usam drogas sem medo, e fazem protestos na Assembléia, porque forças maiores querem tomar seus terrenos.

Nesta segunda, dia 26 de maio, aconteceu uma manifestação em frente a Assembléia.

Eles estavam a favor das raves, que estão prestes a serem proibidas, por uma lei do deputado Reginaldo Almeida. O Protesto era contra a proibição e não a favor das raves, corrijo.

Sei lá, eu fiz que nem o jornalismo faz, quando já tem uma opinião formada sobre um assunto. NEM QUIS SABER, já fui fotografando e escrevendo!

Achei bacana, a cidade parecia diferente com aquela musica alta, naquele horário. (15 horas)

É engraçado ver as pessoas lutando por causas assim.

Tão injustas.

Mas sério, proibição é demais. Ou não?

Sei lá.

Acho que deviam fiscalizar as pessoas que entram e todo mundo voltar a beber cerveja.

Pois só eu bebendo cerveja, só eu que ficarei gordim eternamente.

Além do mais, quando vou em raves, danço até o meio-dia, só no álcool!

E sei lá, usar drogas sem lutar contra um regime político, não tem graça.

Desculpa as brincadeiras.

Beijo do gordo!

sábado, 17 de maio de 2008

Ensaio sobre uma certeza

A certeza pra mim, é quase a mesma da de Sócrates, que só sabia que nada sabia, porém, com um acréscimo. Só sei que nada sei e que não sou o único a não saber.

Desta idéia, podemos repensar alguns papeis dúbios existentes na sociedade metidocultural.

O que são os críticos de cinema?

Há função mais medíocre e ao mesmo tempo mais valorizada que esta?

Não me refiro aos blogueiros ou a aqueles que comentam filmes em geral. Mas aqueles que tentam impor ao filme, arte audiovisual de elevada subjetividade, uma generalidade depredatória ou um leque de laquês refinados.

Acho revoltante um especialista em sei lá o que, pensar que pode resumir uma obra em um, dois ou dez parágrafos, na prepotência de classificar o filme na colocação que agora sim, ele poderá exigir ou ser. Não acredito nisso. Um texto, seja lá ele qual for, nunca conseguirá ser um ícone de uma obra artística cinematográfica, ou outra arte qualquer. Um texto é composto por palavras, já um filme, por imagens e sons.

Quando uma pessoa interpreta um texto e depois resume em um texto menor, está colocando o que compreendeu, a partir dos próprios conhecimentos, costumes e preferências, em mais um texto, com outras “palavras” e que também sofrem com o processo de significância da mesma.

Este texto aqui por exemplo, terá diversas interpretações e as mesmas, também terão que ser interpretadas por um terceiro, ou por mim, quase sempre de maneira desgastante. Mas um desgaste evolutivo, se é que isso pode existir. (evolutivo do dialogar)

Da mesma maneira, um filme que por ventura for palatreficado e diminuído em um texto, terá nele impregnado a falta de compreensão ou a compreensão exacerbada de alguém que é recheado de conhecimento e não conhecimento.

Às vezes, a falta de entender um filme, leva o crítico a atacar o mesmo. Por mais embasado e testemunhado que esteja, o crítico nunca fará a crítica que realmente o filme merece. Porque a superficialidade de um olhar, mesmo que um olhar pós-doutorado, é distante das intenções discutidas por uma equipe durante a pré, a pro. e a pós-produção cinematográfica.

Mesmo que este processo criativo não apareça na exibição do filme na sala de cinema, chega a ser fútil a audácia dos petulantes escritores.

Uma obra não vai aos olhos, para ser olhada por um rosto mascarado de presunções e achismos. Uma obra vai aos olhos com a intenção de tapear os olhos. E o rosto, tem que olhar e dar sempre a cara à tapa.

Estraga prazeres é o que eles tentam ser. Pois somos todos masoquistas da descoberta. Gozamos a solução. Amamos a resolução e mais ainda o processo.

Adoramos a cegueira no desprazer. É mais fácil inventar teorias sobre a discórdia a discordar de igual pra igual.

Metalinguagens à parte, “Ensaio sobre uma Cegueira”, de Saramago, foi adaptado para o cinema por Fernando Meirelles (Cidade de Deus, Jardineiro Fiel) e sua equipe nacionalmente mista. (Blog do Meirelles sobre a produção do filme)

O próprio Meirelles, o qual enfatizo que consegue se defender muito bem sozinho, disse que adaptar para o cinema um livro muito bom, já é um erro. Imagina, é como se uma madrasta exigisse dos enteados, um amor igual ou maior do que o que a mãe tinha.

Lógico, há sempre aqueles que insistem em comparar as artes. Como se houvesse uma tabela sistematizada, onde seriam somados nas duas áreas os pontos nos acertos e retirados outros nos erros, para assim analisar quem teve mais pontos.

Ovacionado por cinco minutos após a exibição do filme, Blindness é uma obra que pode e vai atingir uma gigante bilheteria. Independente disso, Meirelles tem agora, um filme que é seu e não de Saramago. Arrisco lembrar que Saramago não saberia fazer metade da metade que Fernando faz na produção cinematográfica. Sim, ele faz muito na literatura, mas é este o ponto que eu queria chegar. É simples. São duas coisas completamente diferentes uma da outra. Duas linguagens. Duas artes. Duas técnicas. Duas pessoas. Duas visões. Duas cegueiras. E um monte de pseudo-entendedores de Fernando Saramago e José Meirelles.

Tanto acredito na metidocultura, que acho que há quem lê um livro, só para assim poder dizer que leu.

Mas eu não anseio o fim dos críticos de cinema, apenas os desvalorizo. Eles, assim como todos, não sabem de nada. (lembrando Sócrates) E aos críticos:

Deixem a arte nos levar para onde ...

Não precisamos dos seus suspensórios, sabemos nos vestir e nos nudar.

terça-feira, 13 de maio de 2008

FESTIVAL REC 2008 ABRE INSCRIÇÕES

Atenção cineastas, videomakers , artistas, loucos, astronautas e o público que vos entende!!!!

Vitória está Rumo à Estação Cinema pela quarta vez. As inscrições para o 4º Festival Nacional de Vídeos Universitários - REC 2008 já estão abertas e vão até 11 de julho.
Na sua quarta edição, O Festival REC vai ser realizado nos dias 27, 28 e 29 de agosto, em Vitória, Espírito Santo, e vai premiar as produções universitárias de todo país em oito categorias: Melhor vídeo, Melhor vídeo documentário, Melhor ficção, Melhor animação, Melhor vídeo publicitário, Melhor vídeo clipe, Melhor vídeo arte e o Melhor vídeo do júri popular.
Serão aceitos vídeos produzidos a partir de janeiro de 2006 com até 20 minutos de duração. Para a categoria Melhor Vídeo publicitário, o tempo máximo é de 2 minutos.
As inscrições podem ser feitas pelo site www.festivalrec.com.br ou na coordenação do curso de Comunicação Social da Faesa, no campus II, das 08 às 22h.
Neste ano, o Festival REC traz algumas novidades. Uma delas é a exibição dos vídeos da mostra competitiva no Cine Metrópolis. O evento conta ainda com mostras livres, mostras paralelas, oficinas e palestras com profissionais de destaque do cinema brasileiro.
No ano passado, o Festival REC recebeu 160 vídeos enviados de 38 universidades brasileiras. A participação do diretor e roteirista Jorge Furtado foi uma das atrações do evento que teve nos seus três dias um público de aproximadamente 1800 pessoas.
Contatos
rec@festivalrec.com.br

VAMOS PARTICIPAR GENTE!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Texto antigo

Regressar ao amadurecimento!

Juntos?

Por tanto pensei em acreditar.

Burrice.

Ou não.

Existe punição de uma previsão?

Tão pesada foi a sua facada, que acredito que o meu erro já foi uma punição pelo o que agora recebo.

Hipocrisia é mentir dizendo que não mente, que não erra e ainda tenta me julgar, ...

Consegue ser hipócrita, mentiroso, absurdamente errado e cínico ao mesmo tempo!

Mas lhe dou razão.

Afinal...

Ah, final?

Há final, mas não sei onde em que tempo está. Perto ou Londres, não sei se qualquer coisa vale a pena. Não sei se quero ser a pena no seu caminho. Leve para se esquecer quando quer e gordo para pesar a sair. Posso lavar, passar, comprar, comer e puta que pariu o filho da puta. Só tem puta agora.

Satisfeito?

Oh Roma, como saberei se está satisfeita comigo ou se ainda serei castigado?

Na cruz já não morrerei, não ando mais com nenhum santo.

Se bem que no caso, eu que sou o Judas. Ou a Madalena, sei lá. Só sei que Maria ninguém mais é.

Nunca escrevi um texto tão sem raiva. Por isso está tão ruim. Eu estou pouco me fudendo pra essa porra de português, rima ou criatividade. Quero que isso vá pra casa do letrado. Eu sou mais eu.

Antes eu era mais nós.