A raiva era tanta que eu nem presente quis dar
Nem presente quis estar
Nem no presente quis escrever
Tão breve romance
Que te tão breve
Tornou-se conto
E de conto
Uma piada
Das de péssimo gosto
Amargo como um limão doce
Maldita hora que acreditei em mim
São tantos livros
Tantos filmes
Tantos teóricos
Todos tontos e que nos querem tronxos
Para assim sim fazerem de nós um só corpo
Positivo, o azar é negativo
Prefiro a sorte
Pena que não a tenho
Só tem pensamento positivo, aquele que já teve a sorte. Isso sim!
Ai que tristeza perder aquilo que quase tive
Ai que chateza partir do principio outra vez
Ai, ai, ai, enquanto escrevo
Formam-se poças de lágrimas
Sobre o teclado fudido.
Um curto, sim curto
Muito curto
Tão curto
Que nem coube o tamanho físico
No pequeno sentimento que teve.
Meu coração não é de ferro
Mas está acostumado a levar muita ferrada
Das mais cafonas e mexicanas
Que dia cumprido
Esse dia sem perdão
Pois o perdão é só para aquilo que não é perdoável
E esse dia que já foi, é.
2 comentários:
Legal te ver ontem :)
Gostei dessas 2 partes do seu texto: "Prefiro a sorte...Pena que não a tenho" e "Esse dia sem perdão ...Pois o perdão é só para aquilo que não é perdoável"
Que lindo!
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