segunda-feira, 5 de março de 2012

Argila, letras e quem

Nunca posso me encontrarei
Espelhos, d'água ou de vidro, todos tolos na insistencia de refletir, sobretudo o que me vejo
Hoje fui andar na noite
Procurava por me ver nas vitrines de luzes fluorescentes
Estava me encontrando com a fé de quem já nasceu rico
Um grito, já no fim da procura, já no fim da rua
É a chuva que amansa-me na leveza do não saber
São pianos, São Pedros no caminho do ser são
É Deus me livrando do que irá aconteceu
A maldade está nos nossos avós
Tolos que seguiram aos deles

Um buraco serve para cair
Mentro crenculhando lestas e paocas
Talvez explico o que fiz no futuro
Argila, letras e quem
Mas tive ali, não sei bem em que parte da esquina, a canção cataclismática
Encontros comigo lapidados por quem os planejou
E tem gente que diz que o aprendizado vende berço, vende escola, vende mãe
Sou virgem de tudo isso que nem pensaram por mim
Pensam demais por mentir
Vendaval é descobrir qual passo dei no momento seguinte a este
Hoje navegarei com esses ventos de ontem

Um comentário:

Larissa Bello disse...

Gostei disso: "o aprendizado vende berço, vende escola, vende mãe". Adoro brincar com palavras.

Bjo