terça-feira, 11 de agosto de 2009

Poema em linha torta


Vida de palhaço
Roupa de palhaço
Linha, tempo, espaço
E eu que preferia fazer mímica.
E eu que achava ser um herói
Vejo-me calado o tempo todo
E quando o contrário: desnecessário
E eu que era alternativo
Nem tiro e nem nada alterado
Ta tudo a mesma coisa
E eu aqui
Com essa cara de palhaço
Engraçado e absurdo
Quase abstrato
Queria um prato para jogar no chão
Queria mesmo eram rimas pra rimar com coração
Mas sempre que se fala dele, ecoa falsidade
Queria a realidade no meu choro
Queria a falsidade no ser feliz
Não agüento mais esse jogo
Essa novela
Quero o novo
Mesmo que seja tudo de novo
Quero água
Quero respirar ar puro
Quero brisa, quero sol
E eu que não vivia sem você
Vivo longe sem saber se sou feio, se sou chato
Devo ser burro ou ingrato
Na dúvida: desacato
Sem razão, sem multidão, sem fatos
Sempre no desespero de recuperar
Seja na inteligência ou na incompreendida raça.
E eu que só queria carinho
Não tenho graça

3 comentários:

Joana Poltronieri disse...

Os palhaços chupetinha, champinha e espuleta mandaram avisar que ficaram tristes com esse poema.

Cláu disse...

Gostei do seu tom ironico e do jogo de palavras...

bjo

Larissa Bello disse...

Me pareçe cansado!
Engraçado também ando me sentindo assim ultimamente. Parece que as coisas insistem em ser burras. Sejam as pessoas, as situações e até mesmo nós mesmos. O que estamos fazendo de errado? Errado? Certo? Acho que não sei mais o que essas palavras significam. Será que existe outra alternativa, alternativa a que imaginamos?