quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Natalie Portman ganha seu primeiro Oscar!

A Natalie Portman mostrou para o mundo o que é interpretar. Não se sabe ao certo como definir uma ótima atuação, é particular. O que posso dizer é que, assim como a Nina fez, atuar bem é transgredir e isso não é muito palpável para os metódicos e nem para os mercadológicos (por burrice). A burrice é identificada, pra mim, quando se pode enxergar o potencial, porém prefere a repetição. Isso é burrice, pois não obedece a uma característica natural humana: a adaptação. Somos capazes de entender qualquer que seja a arte ou a língua, basta dar a chance. Não há fórmula ou linguagem na história, capaz de ser seleta. Tudo é compreendido. Se alguém diz o contrário, é propaganda. Balé e funk, chatos e amados. Parabéns, Natalie pelo Oscar. Foi merecido.

Um menino sonhador

Corria, gritava, achava e dizia
Era tudo tão mais fácil
E ainda é
Mas velho como um tio
Fez-se em choro
Face a face
Sem saber muito bem o que dizer
Teve que escolher
E escolheu não ter a certeza de ter
Tendo o que tinha
Já não sonhava, pedia
Vivendo o que vinha
Estilhaçava no atrito
Fugia da esquerda
E nem mais água bebia
Era um paradoxo gostoso
E que engordava
E que era gostoso
E que engordava
Mas que covardia seria jogar a culpa no outro!
Não!
É minha!
Assumo tudo
Dele até a primeira pessoa
Irei
Serei
Ser rei
Se errei
Se arrependerei
Será só para saber que não precisava
Mas precisei.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Prazer em conhecê-lo

Na bifurcação da dúvida eu me esbarro numa corda
Queriam-me amarrado, queriam-me alado
Se eu pudesse, talvez, partir-me ao meio
Se eu quisesse apenas o seu abraço

A existência me fez perdido
A perdição se faz sentido
O sentimento dói
Evoco o tempo

Invento
Vento
Vem

Futuro do Pretérito

Quem
Disse
Fez
Sumiu

Quem
Disse
Foi
Ficou

Fico pensando se faria ou se ficaria

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Soubéssemos

Que obra é essa, que já nasce duvidosa?
Ruídos não são sons até que se estabeleçam
Situar é impregnar o “não sei” no “idem”,
Em chance de não saber distinguir um do outro!
Credo, quantas cruzes no cemitério!
E tem gente que ainda acredita que realmente morreram esse tanto de gente.
Coitado do homem que fugir daqui sem saber pra onde foi.
Enquanto escutar os que tentam fazê-lo acreditar que está em algum lugar, estará.
Bem lá. No mesmo lugar.
Mas também não há problema nisso. Pelo contrário.

Coisa de mim

No tardar da tarde
Rende
Rente ao meu corpo e mente
E deságua e engole
A gente
Que só queria matar a chata
Aula de dança de patins
É de quebrar o queixo
É de rapadura
A vida inteira eu quis ter a vida inteira
A vida inteira eu fiz ter a vida inteira
Eu vim da margem
Do Rio, de Tókio
Do rock
Sou quase virgem
Maria não deixou que fosse
Embora esteja cansado
De pé eu rezo
Adeus.