domingo, 10 de abril de 2011

Rio até certo ponto.



(Texto sem muitos cuidados técnicos. Senão passa a emoção e já cansei de tentar a razão.)

O Rio não precisa de filme ou de novidades pra dizer que ele é lindo. Mas é bom quando dizem ou quando sentimos vontade de dizer. No filme “Rio”, o Rio, aparece de forma majestosa, feliz e com seus devidos contrastes. Diziam que era um Rio de Janeiro perfeito, não compreendo esse comentário. Só teve cena nas favelas, na Lapa, em Santa Teresa, uma rápida na praia da zona sul e nas florestas. Além das paisagens. Se pensarmos em técnica de animação e linguagem cinematográfica somadas ao quanto é legal ver o Rio na telona, perfeito!

Mas existem problemas no filme. A história, o que segura o filme, o que acontece com os bixos, foi um pouco rasa demais, dentro dos padrões das grandes animações que estamos acostumados. Os argumentos são fracos. Parece tudo muito sem explicação emotiva. Causando um filme sem motes consistentes. Não é explorado o motivo do Blu não saber voar, nem onde estão os pais dele. Foram pegos e estão aonde? Vários probleminhas de coerência geográfica, que nós, quase cariocas, sabemos. Poderia ser mais engraçado também. Também há momentos ótimos, como a sacada do semáforo (vão lembrar, é logo no começo), como o pássaro vilão, como o buldog.

O grande problema do filme, pra mim, foi a existência dos macaquinhos. Achei de péssimo gosto. Nem consegui prestar tanta atenção no filme, depois que eles entraram. Só pensava, que merda que o diretor fez ao enfiá-los ali. No início eu achei que estava ficando louco por estar achando que havia uma analogia dos macaquinhos com os pivetes do Rio. Eles roubam jóias, câmeras, celulares,... Só que seguindo o filme, aconteceu uma cena desconcertante. Os macaquinhos não conseguem fazer o serviço que a ave má pediu, fracassam. Daí, a ave diz mais ou menos isso aos macaquinhos: “Isso que dá, dar serviço de ave pra macaco.” Eu juro que foi isso que eu escutei. E não consigo, não sei se por preconceito meu, dar outra conotação. Fiquei muito perdido depois que escutei isso. E não tem sentido, não precisava daquilo. Diretor, os macaquinhos e tudo que os envolveu no filme foi DESNECESSÁRIO! Já a ave má, apesar de ter dito a tal frase, poderia ter feito, ela mesma, o serviço. Eu ri muito com Rio. Mas, ri até certo ponto.

Quero ver outra vez e em inglês, para ver se entendo outra coisa. Posso ter me precipitado.