sábado, 29 de setembro de 2007

Deixa pra mais tarde

Deixa eu decidir se é cedo ou tarde
Espera eu considerar
Ver se eu vou assim chique à vontade
Igual ao tom do lugar

Enquanto eu penso você sugeriu
Um bom motivo pra tudo atrasar
E ainda é cedo pra lá
Chegando às 6 tá bom demais
Deixa o verão pra mais tarde

Não to muito afim de novidade
Fila em banco de bar
Considere toda hostilidade
Que há da porta pra lá

Enquanto eu fujo você preparou
Qualquer desculpa pra gente ficar
E assim a gente não sai
Que esse sofá tá bom demais
deixa o verão pra mais tarde

Deixa, deixa o verão
deixa o verão pra mais tarde
Deixa, deixa o verão
deixa o verão pra mais tarde


(música de Rodrigo Amarante, cantada também por Mariana Aydar
essa música representa muito bem a minha preguiça. Minha gostosa preguiça)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Além de uma forma

Tentativas de um devaneio
Insanidade de um pré-conceito
Escapula de uma linha árdua
Ímpeto quase sem jeito

Samba na corda bamba
Grito nos tímpanos do sujeito
Malabares de vidro
Águas que chegam a morrente

Aceitar não é daqui
Sai quem for
Entra quem vir
Só não dá para ansiar mais uma translação

Esquiva-se e ria!


Texto que fiz para o perfil no orkut

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Gigante de dois mundos

A raiva era tanta que eu nem presente quis dar
Nem presente quis estar
Nem no presente quis escrever

Tão breve romance
Que te tão breve
Tornou-se conto 
E de conto 
Uma piada
Das de péssimo gosto
Amargo como um limão doce

Maldita hora que acreditei em mim

São tantos livros
Tantos filmes
Tantos teóricos
Todos tontos e que nos querem tronxos
Para assim sim fazerem de nós um só corpo
Positivo, o azar é negativo
Prefiro a sorte
Pena que não a tenho

Só tem pensamento positivo, aquele que já teve a sorte. Isso sim!

Ai que tristeza perder aquilo que quase tive

Ai que chateza partir do principio outra vez

Ai, ai, ai, enquanto escrevo
Formam-se poças de lágrimas
Sobre o teclado fudido.

Um curto, sim curto
Muito curto
Tão curto
Que nem coube o tamanho físico
No pequeno sentimento que teve.

Meu coração não é de ferro
Mas está acostumado a levar muita ferrada
Das mais cafonas e mexicanas

Que dia cumprido
Esse dia sem perdão
Pois o perdão é só para aquilo que não é perdoável
E esse dia que já foi, é.

domingo, 9 de setembro de 2007

H3 um vídeo coletivo

Como é impossível existir a imparcialidade na informação, venho agora comunicar de uma maneira bem feliz e empolgante que o vídeo H3 venceu o maior festival audiovisual universitário do estado, o REC. Foi na categoria de melhor ficção. Gostaria de agradecer a toda equipe que fez o vídeo acontecer. Irene, Zênia, Johnnys, Gustavo, Willian, Claudinha, Joany, Jussara, Patrícia, Daniele, Iza, Alexandre, Davison, o elenco, entre outros. Mas também quero registrar e agradecer a essencial participação do compositor das trilhas, Bruno Soares, que acabou por ficar um pouco apagado nos créditos finais do vídeo, por motivos de correria pra entregar o dvd, mas é dele o grande mérito musical de H3. É claro que na trilha tivemos a contribuição de outros mega músicos, como Nery, Gustavo, Gessé, Cris e Fernando. Uma outra correção de crédito é do nome do Igor Pontini que lá ficou Tontini, sacanagem né, ele que formou uma ótima dupla de câmera com o Sossai.

Gente eu recebi o prêmio das mãos do diretor e roteirista Jorge Furtado, muito bom! Fiquei super se achando durante uns 3 dias.



O Festival REC também merece os parabéns por toda organização invejável a qualquer festival nacional. Ainda mais se pensado na dificuldade que é produzir algo cultural e atingir um grande público. Registro que o REC que me refiro, são os alunos que idealizaram e organizam com muita garra esse festival. Segundo alguns realizadores participantes que vieram de outros estados, dificilmente eles têm uma atenção tão relevante como tiveram aqui.

Queria registrar também a chance que o jornalista do Caderno Dois, Vitor Lopes teve de não se manifestar com tanta precisão. Não estou pedindo uma censura de opiniões, mas uma contextualização na crítica ou uma verificação nas afirmações. Como pode alguém escrever sobre um festival e sobre os vídeos nele apresentados, sem mesmo ter assistido todos concorrentes? Talvez sem ter a noção da magnitude de um texto publicado no principal veículo de informação do estado, o Vitor acabou julgando um festival que é primeiramente universitário e que tem a simples proposta de ser um espaço para realizadores. Ano passado mesmo, ele realizou, participou, venceu e me pareceu bem contente com o resultado. Confusa essa nova atitude do Vitor, mesmo sabendo que ele desta vez estava lá na proposta de escrever uma crítica sobre os trabalhos. Acho que um atraso de 30 minutos no primeiro dia de um Festival e os outros problemas técnicos por ele apontado, não estão descontextualizados da história do REC, da proposta do REC, da situação comercial do REC e nem impedirão um destino promissor para REC. Não é notícia atraso de 30 minutos. É birra. Se ele quis ser polêmico, ao menos aqui, neste super, mega, ultra, polêmico blog, ele conseguiu ser citado. Nossa adoro a humildade. Vitor, para ser alguém polêmico a pessoa tem que primeiramente ser irônico, segundamente ser bem humorado, terceiramente e mais difícil, tem que fingir ser original. Tente isso aí, eu já desisti. Ninguém me acha polêmico, só minha mãe mesmo e ela odeia isso. Queria ser polêmico mesmo, mas acabo sempre me contradizendo é um porre!

Pode até parecer imparcial eu defender o festival em que conquistei alguma coisa. Mas ao menos aqui é o meu blog e além disso está aberto a todos. Qualquer um, inclusive o Vitor, pode chegar aqui e dizer que eu escrevi merda, que eu exagerei, que eu peguei pesado, que eu não sei gramática, que eu sou metido, que eu sou legal, que sou leigo, que eu perdi a oportunidade de ficar quieto, que eu escrevo demais e que eu escrevo de menos. Há uma diferença de interatividade e de proposta. E há uma diferença entre liberdade e informação imposta. Eu já tinha escrito a parte deste texto em que falo sobre a notinha do Vitor, antes mesmo de saber os resultados, mas por falta de tempo não publiquei, daí agora eu só acrescentei alguns dados.

No mais fiquei super feliz com o festival, com o super Jorge, com H3 e com os resultados é claro.

Chega de xorumelas e vamos ao que interessa. O resultado e o link para assistir os vídeos vencedores.

Melhor Vídeo
O LOBINHO NUNCA MENTE
Ficção, 11’26
Direção: Ian S. B. Fernandes
Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro

Melhor Documentário
CAVE CANEN
Direção: Maria Ines Dieuzeide Santos Souza
UFES

Melhor Vídeo Clipe
KAMPALA
Direção Elisa Carareto, Eduardo Barbosa, Victor Canela
UFSCar

Melhor Vídeo Arte
ESCUCHA
Direção Douglas Pego
UFMG

Melhor Vídeo Publicitário
A GENTE FAZ TV PENSANDO POR VOCÊ
Direção: Coletiva
UFES

Melhor Ficção
H3
Direção: Marcos Luppi
FAESA

Melhor vídeo do júri popular
O LOBINHO NUNCA MENTE
Ficção, 11’26
Direção: Ian S. B. Fernandes
Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro

MENÇÕES HONROSAS

VÍDA ORDINÁRIA
Direção: Essi Rafael,
UFSCar

PAIK FOR KIDS - sem link
Direção: André Góes Mintz
UFMG